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domingo, 5 de agosto de 2012

Viver de fé


Apesar da infidelidade e falta de dignidade dos homens, Deus é aquele que sempre mantém seus compromissos, pedindo ao homem que confie nele. Deus pede a colaboração do homem, dando-lhe como condição de salvação uma fé absoluta em sua palavra. 
Isaias nos narra um confronto entre Acaz, rei de Judá e o rei Rason da Siria e Facéia, rei de Israel (Cf. Is 7,1-9). Quando há guerra, há vitória. Os fiéis de ambas as partes rogam a Deus a vitória. Porém, só um lado pode sair vencedor, o outro lado acaba sentindo-se rejeitado por Deus ou se revolta por não ter sido atendido. 
O mesmo acontece em tantas peripécias humanas, quando se considera Deus como “um poderoso ao nosso serviço”, que basta invocar para que venha em nosso auxílio, curando-nos as doenças ou resolvendo conflitos e tensões que se dão nos mais vastos campos de relacionamento humano. 
Aqui a fé se configura como “barganha”, mas não é esta a fé que Deus exige. Jesus nos ajuda a entender o que é a fé com absoluta certeza quando nos ensina: “Buscai e achareis, batei e ser-vos-á aberto” (Cf. Mt 7,7). Jesus nos mostra que a fé é um abandono total e filial nos braços do Pai, é confiança em seus planos, que são sempre planos de amor, que preveem sempre o melhor para nós, mesmo quando ele permite as borrascas e derrotas, como a que estava para desabar sobre o povo no tempo de Isaías. 
Tudo isso porque Deus prova para purificar. A nós neste processo cabe aprendermos a viver de fé e aprendemos a orar com confiança. 

A fé é dom de Deus e não pode ser repelida. Um dia, afirmou Jesus aos fariseus que ser “filho de Abraão” é uma responsabilidade, mais do que motivo de orgulho (Cf. Jo 8,39). Ou seja, o que conta não é “ser filho de Abraão”, mas viver como filho de Abraão, imitando-lhe as virtudes, sobretudo sua fé. 
O mesmo pensamento é expresso sobre a censura que Jesus faz às cidades onde havia realizado muitos milagres, porque não haviam se convertido (Cf. Mt 11,20-24). Esta censura interessa também à nossa condição: o que conta não é ser membro da Igreja e formar parte do povo de Deus, mas viver como membros da Igreja e como filhos de Deus. 
Mesmo assim, a má conduta dos homens não evitará a condenação, à semelhança das antigas cidades. É preciso a consciência de que é bem maior a responsabilidade dos cristãos nos tempos atuais. Aquelas cidades, punidas por seus muitos pecados, não tiveram a possibilidade de se beneficiar com os prodígios da ação salvífica de Deus, como a temos nós, filhos e filhas do novo povo de Deus através dos sacramentos da Igreja. 

A Palavra de Deus nos impõe um sincero exame: Contentamo-nos com “ter” a fé ou nos esforçamos por “vivê-la”? 
Que o Senhor nos ajude a ter uma fé enraizada em sua Palavra e um compromisso autêntico com a Igreja mediante a fé que recebemos no Batismo. 

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa 
Terça Feira da 15ª. Semana Comum – Ano Par. 17.07.2012 (Memória do Bem Aventurado Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sacramento do Matrimônio


1. Existem na Igreja sete Sacramentos. Sacramento é o mesmo que sinal, e cada um dos sete foram instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo: Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência ou Reconciliação, Unção dos Enfermos, Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos estão dispostos de uma forma que atinja todas as etapas e todos os momentos importantes da vida do cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e missão; por isso a tríplice divisão: Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia); Sacramentos de Cura (Penitência e Unção dos Enfermos); e, os Sacramentos do Serviço e da Comunhão (Ordem e Matrimônio). 
Os Sacramentos da Iniciação Cristã fundam a vocação comum de todos os discipulos de Cristo, que consiste num chamado à santidade e à missão de evangelizar o mundo. O Catecismo da Igreja nos diz que eles “conferem as graças necessárias à vida segundo o Espírito nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria” (CIC 1533). Em outras palavras, eles conferem a salvação. 
Os Sacramentos da Comunhão e do Serviço também se destinam a salvação, ainda de modo pessoal, porém, através do serviço aos outros, pois eles conferem uma missão particular na Igreja e servem para a edificação do Povo de Deus. Pela Ordem e pelo Matrimônio, àqueles que já foram consagrados a Deus, podem receber consagrações específicas: os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para serem Pastores da Igreja; os esposos cristãos que recebem o sacramento do matrimônio tem a missão especial de edificar o Povo de Deus através de sua consagração e deveres familiares. 
Iremos dar especial atenção nesta presente reflexão ao Sacramento do Matrimônio. 

2. O Catecismo da Igreja quando trata do mesmo, inicia com as seguintes palavras: “A Aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão de vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos, e foi elevada entre os batizados, à dignidade de sacramento, por Cristo Senhor.” (CIC 1601) 
Pois bem, na Sagrada Escritura nota-se bem claro que o matrimônio está no desígnio de Deus, uma vez que ela abre-se com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus (Cf. Gn 1,26-27) e se fecha com as “núpcias do Cordeiro de Deus” (Cf. Ap 19,7.9). “De um extremo a outro, a Escritura fala do casamento e de seu "mistério", de sua instituição e do sentido que lhe foi dado por Deus, de sua origem e de seu fim, de suas diversas realizações ao longo de história da salvação, de suas dificuldades provenientes do pecado e de sua renovação "no Senhor" (1Cor 7,39), na nova aliança de Cristo e da Igreja” (CIC 1602) 

3. A vocação para o matrimônio está na natureza do homem e da mulher, ao passo que não se trata de algo simplesmente humano, mas algo grandioso que tem a iniciativa no próprio Deus, que, ao criar o homem por amor, também o chama para o Amor. 
Deus cria homem e mulher, e o amor mútuo que nasce entre estes dois é imagem de um amor absoluto de Deus pelo homem, por isso é um amor “muito bom” aos olhos de Deus, que o abençoa e o destina a ser fecundo: “Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). 
Estamos falando de um amor que une duas vidas: “Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Cf. Gn 2,18-25). A expressão “uma só carne” representa a perfeição desta união. 

4. O primeiro sinal de Jesus é operado em uma festa de casamento, as “Bodas de Caná” (Cf. Jo 2,1-11). A Igreja vê na presença de Jesus nesta festa de casamento “a confirmação de que o casamento é uma realidade boa e o anúncio de que, daí em diante, o casamento será um sinal eficaz da presença de Cristo” (CIC 1613). 
De fato, é o Cristo Jesus que reafirma que a união entre homem e mulher é indissolúvel, pois é Deus quem a consuma: “O que Deus uniu, o homem não deve separar” (Mt 19,6). Outrora, Moisés havia permitido o repúdio da mulher por conta da dureza de coração do Povo de Deus. Jesus vem para restaurar a ordem original: no principio não havia repúdio ou divórcio, por isso a afirmação de que tal união entre homem e mulher é indissolúvel. 
Esta afirmação de Jesus vem de encontro à relação que Ele tem com a sua Igreja. Desde esta fala de Jesus podemos ver no matrimônio o mesmo Amor que Cristo tem pela sua Igreja, por nós, filhos e filhas pelo Batismo. Por isso a recomendação de São Paulo aos maridos para que amem as suas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Cf. Ef 5,25-26). De fato, toda a vida cristã traz a marca do amor esponsal de Cristo e da Igreja, e é por isso mesmo que o “Matrimônio cristão se torna, por sua vez, sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo e da Igreja” (CIC 1617) 

5. Diferente dos outros sacramentos, os ministros da celebração do matrimônio são os próprios esposos, que batizados e livres expressam livremente seu consentimento. A troca do consentimento é indispensável para que o matrimônio aconteça, pois ele constitui um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente: “Eu te recebo por minha mulher”... “Eu te recebo por meu marido”... O consentimento liga os esposos entre si, fazendo-os “uma só carne”. A quem assiste o matrimônio (sacerdote, diácono, testemunha qualificada) em nome da Igreja acolhe o consentimento dos esposos e lhes dá a benção da Igreja e de Deus. As testemunhas presentes indicam que o casamento é mais que uma formalidade e um rito, é uma realidade eclesial, ou seja, cria direitos e deveres na Igreja, entre os esposos e o tocante à prole que nascerá desta união. 
"Do Matrimônio válido origina-se entre os cônjuges um vínculo que, por sua natureza, é perpétuo e exclusivo; além disso, no Matrimônio cristão, os cônjuges são robustecidos e como que consagrados por um sacramento especial aos deveres e à dignidade de seu estado." (CIC 1638) 

6. Deus agracia o sacramento do matrimônio destinando assim a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortificação da sua unidade indissolúvel, a santificação da vida conjugal e a aceitação e educação dos filhos. 
"O amor conjugal comporta uma totalidade na qual entram todos os componentes da pessoa apelo do corpo e do instinto, força do sentimento e da afetividade, aspiração do espírito e da vontade; O amor conjugal dirige-se a uma unidade profundamente pessoal, aquela que, para além da união numa só carne, não conduz senão a um só coração e a uma só alma; ele exige a indissolubilidade e a fidelidade da doação recíproca definitiva e abre-se à fecundidade. Numa palavra, trata-se das características normais de todo amor conjugal natural, mas com um significado novo que não só as purifica e as consolida, mas eleva-as, a ponto de torná-las a expressão dos valores propriamente cristãos." (CIC 1643) 

7. Por fim, em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e hostil a fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. O sacramento do matrimônio é para a Instituição “família”, e a família deve ser “Igreja doméstica”, pois é no seio da mesma que os pais são para os filhos, pela palavra e pelo exemplo os primeiros mestres da fé. O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé, por isso deve ser comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã. (Cf. CIC 1656.1666)

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Provação, Trigo e Joio

O Povo de Deus estava sendo atormentado pela seca que devastava o país de Israel e pela guerra que ameaçava a sua segurança política. Neste cenário se encontra o profeta Jeremias que está inteiramente sozinho entre a súplica do povo que insiste arrependido do seu pecado e a ardente justiça de Deus. A oração de Israel é humilde e procura obter a benevolência de Deus, reafirmando que somente Ele é Deus, renunciando a idolatria e voltando atrás na Aliança entre Deus e o povo. Neste momento somente o apelo confiante à misericórdia de Deus Criador é a única esperança do povo (Cf. Jr 14,17-22). 
O Povo de Israel se encontra em uma situação de calamidade. Em casos de calamidade quais são as atitudes tomadas? Há aqueles que ficam quase indiferentes a situação. Há outros que se agarram com Deus. Há também aqueles que duvidam da existência de Deus ou do seu amor, caso ele exista. Outros se questionam se Deus não se compraz ao ver a dor e sofrimento dos seus. Há ainda aqueles que suplicam a Deus, mas não de modo sincero, procurando somente o seu interesse pessoal e material. Por fim, existem aqueles que semelhantes ao Povo de Israel, reconhecem haver pecado e pertencer a uma humanidade pecadora, e vê na prova não o castigo, mas a purificação e a Presença de Deus. 
A provação faz voltar a Deus, confiar em sua aliança e em suas promessas; faz pedir perdão e esperar em sua providência. Nós precisamos aprender a reconhecer os nossos pecados, a confessa-los a Deus, que é Pai, através do Sacramento da Penitência, pelo qual a Igreja nos oferece o perdão divino, confiantes de que se o nosso coração ou consciência nos reprovar, “Deus é maior que o nosso coração” (Cf. 1Jo 3,19s). 


Na Parábola do joio e do trigo (Cf. Mt 13,36-43), encontramos o semeador divino e o semeador maligno. Um traz consigo os herdeiros do Reino de Deus, o outro um exército de adeptos das coisas que não agradam a Deus e seus filhos. Nesta parábola lemos a história humana, dividida em dois exércitos opostos. Jesus insiste na descrição do juízo, no qual Ele purificará a sua Igreja de todo mal. O cristão deve ser trigo e não joio. 
Deus é paciente. Se Ele fosse intolerante, o que seria de nós? Ele não é intolerante, mas não pode acolher o mal, por isso o repele. Ele detesta o pecado, mas ama o pecador que se arrepende de coração e quer mudar de vida, mas não pode amar e nem acolher aqueles que se identificam e se entregam ao mal, aqueles que se corrompem por causa do pecado. 
Porém, a última palavra é sempre de Deus, o que constitui uma imensa esperança para todos nós, principalmente para aqueles que são oprimidos pelo mal, mas a Ele aderem; e também uma severa advertência para aqueles que oprimem e são discipulos do mal. O joio oprime e suga o grão bom. Na parábola o Reino é personificado naqueles que aceitam a paternidade de Deus, e o mal é personificado naqueles que o praticam obstinadamente. 
Na realidade atual em que vivemos devemos distinguir com coerência o grão do joio do grão de trigo. Este é um risco muito grande que corremos, principalmente quando nos colocamos a julgar o que é bom e o que é mau ou quando respondemos com a intolerância e a impaciência aqueles que são discipulos do mal ou que o fazem mesmo inconscientemente. Postura de juiz não nos ajuda em nada em nossa conversão. A paciência de Deus que sabe separar o trigo do joio estimula à conversão. 
Devemos entrar na dimensão da “paciência de Deus” e assim vivermos a nossa conversão diária, lutarmos contra as tentações e investidas do mal, certos de que o mal atormentará somente aqueles que o buscarem ou quiserem e afastá-los para sempre de Deus numa decisão bem clara e consciente, ao passo que o bem e a vontade de Deus tornará seus filhos luminosos como Ele e com Ele para sempre.

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

No peito eu levo uma Cruz, no meu coração o que disse Jesus!

O Senhor Jesus nos amou até o extremo, num amor sem dimensões inimagináveis, manifestado em um instrumento no mínimo contraditório: uma cruz. O que era instrumento de suplício, dor, sofrimento e morte, se tornou para nós instrumento de salvação. 

“A prática antiga da crucifixão é, sem dúvida, de origem persa; utilizaram-na em primeiro lugar os bárbaros como castigo político e militar para pessoas de alta categoria. Depois, os gregos e os romanos a adotaram. No império romano era geralmente precedida da flagelação e o condenado carregava ele pró­prio o pau transversal até o lugar do suplí­cio. A crucifixão tinha variantes diversas: a cruz podia ser um simples pau erguido, ter a forma de um tau grego, fixando-se o pau transversal em cima do pau vertical, ou de uma forca de dois paus, ou ainda seguir a forma da cruz latina com o pau horizontal metido mais profundamente no vertical. Um letreiro indicava o motivo do suplício. O con­denado podia estar totalmente nu, de cabeça para cima ou para baixo, às vezes pregado, com os braços estendidos. Este suplício só era utilizado para as classes baixas da socie­dade e para os escravos. Normalmente a ele não estavam sujeitos os cidadãos romanos, a não ser que a gravidade de seus crimes os houvesse levado a serem considerados me­recedores de se verem privados de seus di­reitos cívicos. Aplicava-se também aos estran­geiros sediciosos, aos criminosos e aos ban­didos, por exemplo, na Judéia por ocasião das diversas agitações políticas. 
Á crueldade própria do suplício da cru­cifixão - que dava livre curso a muitos gestos sádicos - correspondia seu caráter infamante, escandaloso e até "obsceno". O crucifi­cado se via privado de sepultura e era aban­donado aos animais selvagens ou às aves ferozes. “a morte na cruz é a infâmia suprema”, escreve Orígenes. Por isso, a ela se atribuía grande poder de dissuasão. Era quase que uma forma de sacrifício humano. A ninguém ocorreria encontrar alguma dignidade em quem padecia seus so­frimentos com coragem (...) Estas poucas observações ajudam a compreen­der a força da "loucura" e do "escândalo" da cruz, que os cristãos apresentavam como mensagem de salvação”. (Dicionário Teológico, o Deus cristão, p.203) 

Com a morte de Cristo, a Cruz ganha um novo sentido, deixa de ser objeto de morte e passa a ser objeto de vida, de salvação, a manifestação do amor incondicional de Deus por nós: “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). 
Ao contrário do que se pensa ou pareça, ninguém tira a vida do Cristo Jesus, Ele a entrega generosa e livremente. Na cruz o Senhor derrama o seu amor, e quanto amor se derrama na Cruz! 
Como não se comover diante de tanto amor? Como não dar uma resposta de amor e fidelidade àquele que se sacrifica de tal forma por cada um de nós, de modo pessoal, único e extraordinário? 
No fundo o que nos chama a atenção não é a Cruz em si, mas aquele que nela foi crucificado. Ela é instrumento, o cenário do abandono do Cristo aos planos do Pai, que diante da obscuridade do Calvário, realiza a salvação de todos, confirmando que a morte de Jesus não é um fim certo, mas a confirmação inaudita de sua glória: “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32) 
Sim! Ele atraiu a todos com sua Cruz, por isso ela é sinal da nossa fé, da nossa vitória e da certeza de que Ele, o Cristo Senhor, está vivo entre nós. A resposta que damos na Liturgia reafirma e renova esta certeza de que Ele está perto de nós, “no meio de nós!”. Esta é a certeza da nossa fé, de que a Cruz, a morte, o sepulcro, não puderam parar ou deter o Salvador, Ele ressuscitou e nós reverenciamos a sua Cruz como sinal desta vitória e do estupendo amor por nós! 

De fato, a cruz é central na mensagem cristã e acabou se tornando “Simbolo do Senhor”, e objeto de culto. Nos primeiros séculos do cristianismo, ela foi pouco representada por conta da ideia de suplicio e sofrimento que trazia. No século III, uma vitória de Constantino ligada à visão que ele teria tido da Cruz de Cristo, difunde a imagem da Cruz no império romano, e a mesma passa a ser vista como “sinal de vitória”. Diante da crise iconoclasta no Oriente, a cruz é considerada o único motivo representável. No século XII, a Cruz começa a ser chamada de “árvore da vida”. 
O fato é que os primeiros cristãos e os que vieram depois começaram a representar a cruz, primeiramente sozinha e às vezes com o crucificado, sem intenção realista, mas para celebrar seu valor salvífico. Definitivamente a Cruz deixa de ser objeto de morte e passa a ser gloriosa e triunfal, esplêndida, embora o Ocidente na Idade Média comece a representar dolorosamente o crucificado. 
Santa Helena teria descoberto “a verdadeira cruz” (a mesma que Cristo foi crucificado) no século IV, fato que contribuiu para que se desenvolvesse o culto e a devoção à Santa Cruz na Igreja. Data desta época a introdução da adoração da Cruz na Liturgia da Sexta Feira Santa. Na Idade Média a devoção à Paixão e Morte do Cristo ganha força, aqui nasce a via-sacra, que chega à forma definitiva no século XVII. 
Ordens religiosas como os passionistas se consagraram ao mistério da Cruz. A Liturgia desenvolve durante o ano as festas da cruz do Senhor. O sinal da cruz sempre foi e o é ainda hoje o sinal que o cristão traça sobre si mesmo, invocando a Trindade; é chamado inclusive o “sinal da nossa salvação”, pois bem, a Cruz é sinal da salvação e não a salvação em si, ela foi instrumento da salvação, a salvação é o Cristo Jesus e somente Ele. 

Graças a este desenrolar da História é que hoje temos em nossas casas, mesas de estudo e escritório o crucifixo, e o carregamos também sobre os nossos peitos. Uma antiga canção entoa no seu refrão: “No peito eu levo uma cruz...” Sim, hoje carregamos em nossos peitos a Cruz, este sinal de salvação e amor de Deus por nós. A pergunta é: Temos consciência do compromisso que implica levar este sinal?”. A música continua: “...no meu coração o que disse Jesus...”: A mensagem da Cruz fala ao nosso coração? Ela faz diferença na nossa vida ou simplesmente é um amuleto, um sinal externo que carregamos? 

A cruz que o cristão carrega necessariamente tem um peso. 
Conta uma estória que um homem julgava sua cruz muito pesada. Fazia a jornada da vida, entre os demais, carregando de má vontade os próprios problemas. Pensou muito em como amenizar o fardo e, um dia _ eureca! _ descobriu que podia serrar um pedaço da sua cruz. Isso o satisfez por certo tempo, até que, de novo decidiu: 
- Por que não facilitar a vida? Sou livre, para fazer o que bem entendo com a minha cruz! 
E, ligando a intenção ao ato, serrou mais um pedaço. Os anos passaram e muitos pedaços foram cortados. Por fim, o homem levava uma minúscula cruz. Chegando ao término da viagem, pararam, todos à margem de uma vala. No lado de lá, apareceu um Anjo que deu boas vindas a todos e instruiu: 
-Deponham suas cruzes sobre a vala. É a medida exata para servir de ponte para cá. Mas cada um só pode atravessar pela própria cruz... 
O homem olhou a largura da vala, comparou com sua pequena cruz e olhou para o Anjo. Mas, esse lhe disse: 
- É, pena! Você deve voltar juntar todos os pedaços serrados, emendá-los e trazer a cruz inteira, a seu termo." 

Cristo quis dividir o peso de sua cruz. 
O convite do Evangelho é para que o discípulo “leve sua cruz” com o Mestre: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará”. (Lc 9,23-24). É um chamado dirigido a todos, pois levar a cruz é algo necessário para quem quer seguir Jesus, e exige renúncia a si mesmo. 
A cruz conduz “a perder a vida”, não mais no sentido de suplicio, porém, no sentido que Jesus deu à sua vida e a sua morte, para estar com Jesus é necessário com ele ser crucificado: “Estou crucificado com Cristo e não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. (Cf. Gl 2,20) 
Quando o cristão é “crucificado com Cristo”, ele entende a realidade da salvação que é a entrada na morte e na ressurreição de Cristo (Cf. Rm 6,1-11), e depois pensa nesta salvação recebida no batismo à qual é preciso corresponder com o testemunho vivo e encarnado, experenciado na Paixão, Morte e Ressurreição do Salvador. 

“Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me” (Lc 9, 23). 
Não pensemos que, por estarmos neste mundo, podemos viver ao seu sabor como um peixe na água. Não pensemos que, pelo fato de o mundo nos entrar em casa através de certos programas de rádio ou da televisão, nos seja permitido ouvir todos os programas e ver todas as transmissões que fazem. Não pensemos que, por andarmos pelas estradas do mundo, podemos olhar impunemente para todos os cartazes e comprar no quiosque ou na livraria, indiscriminadamente, qualquer tipo de publicação. Não pensemos que, por estarmos no meio do mundo, podemos imitar e assumir os modos de viver do mundo: experiências fáceis, imoralidade, aborto, divórcio, ódio, violência, roubo. Não, não. Nós estamos no mundo. E isso é evidente. Mas não somos do mundo. “Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo” (Jo 17,14) 
E isso implica uma grande diferença. Classifica-nos entre aqueles que não se alimentam das coisas mundanas e superficiais, mas das que nos são expressas, dentro de nós, pela voz de Deus que está no coração de cada pessoa. Se a escutarmos, faz-nos penetrar num reino que não é deste mundo. Um reino onde se vive o amor verdadeiro, a justiça, a pureza, a mansidão, a pobreza. Onde vigora o domínio de si mesmo, onde ganha sentido pleno o que cantamos: “No peito eu levo uma Cruz, no meu coração o que disse Jesus”. 
Cristo nos disse: «nega-te a ti mesmo… nega-te a ti mesmo…» 
A vida cômoda e tranquila não é para o cristão. Se quisermos seguir Cristo, ele não pediu nem nos pede menos do que isto: Renúncia. 
O mundo invade-nos como um rio na época das cheias, e nós temos que ir contra a corrente. O mundo para o cristão é um matagal cerrado, e é preciso ver onde se põem os pés. E onde é que devemos pôr os nossos pés? Sobre aquelas pegadas que o próprio Cristo, ao passar nesta Terra, nos deixou assinaladas: são as Suas Palavras. Hoje, Ele diz-nos de novo: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo…». 
Por causa disso, a nossa cruz pesa, talvez venhamos a ser alvo de desprezo, de incompreensão, de zombarias, de calúnias. Podemos ter que nos isolar, que aceitar a desconsideração e abandonar um cristianismo de fachadas. 
Mas Jesus continua: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me». Mais uma vez ressoa em nossos lábios a certeza da canção: “No peito eu levo uma Cruz e no meu coração o que disse Jesus”. 
Quer queiramos, quer não, o sofrimento amargura a nossa existência. E, todos os dias, chegam-nos pequenos ou grandes sofrimentos. Gostarias de te livrar deles? Revolta-te? Lamentas? Então, não és cristão. É certo que as vezes também nós acrescentamos pesos desnecessários à nossa Cruz, as escolhas que fazemos e as experiências que vivemos de livre e espontânea vontade, quando não precisaríamos escolher isto ou aquilo ou viver esta ou aquela realidade. No entanto, Cristo amou a sua cruz, amou o seu sofrimento, pois Ele sabia qual seria o resultado final. O cristão autêntico também ama a cruz, ama o sofrimento, mesmo entre lágrimas, porque sabe que tem valor. Não foi em vão que, entre os muitos meios de que Deus dispunha para salvar a humanidade, escolheu o sofrimento. Mas Ele, depois de ter levado a cruz e de ser nela crucificado, ressuscitou.
A ressurreição é também o nosso destino. Se aceitarmos com amor – em vez de o desprezarmos – o sofrimento que nos vem da nossa coerência cristã e todos os outros que a vida nos traz, havemos de experimentar, então, que a cruz é o caminho, já nesta Terra, para uma alegria nunca antes experimentada: “No peito eu levo uma Cruz, no meu coração o que disse Jesus!”.

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa

terça-feira, 31 de julho de 2012

A misericórdia e a vontade de Deus


Quando o Povo de Israel sai do Egito, sente-se como um rebanho em meio a uma floresta ou outro local que se configura longe das pastagens, sente-se desolado, e é desta desolação que nasce a prece ao Senhor Deus que os tirou da escravidão do Egito, Ele que é o Pastor, Guia e Guarda de Israel. Deus conduz seu rebanho aos prados férteis, mostrando-lhe a sua benevolência e renovando sua Presença a cada dia em meio ao seu Povo. Ele se revela um Deus misericordioso que em todo tempo perdoa as culpas do seu povo (Cf. Mq 7,14-20). 
A misericórdia de Deus se torna objeto de louvor na boca de seu povo, representada nas expressões dos Salmos e dos profetas: “Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são restos de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados”. (Mq 7,18-19). A grandeza e o poder de Deus são manifestados em sua misericórdia, sobretudo no perdão dos pecados. 
Este “poder” é bem maior que o poder de afogar um exército inteiro no mar. Há em Deus o poder de aniquilar do coração do homem o seu maior inimigo, aquele que pode por a perdê-lo: o mal, o pecado. O abismo no qual pode ser afogado esse inimigo é o abismo da misericórdia do Pai: “Qual o Deus como tu... que se compraz em usar de misericórdia?” (Cf. Mq 7,18). De Deus e do abismo da sua misericórdia temos profunda necessidade. 
Miquéias, na voz de Deus, quer suscitar no coração dos filhos de Israel dispersos pelas suas transgressões e pecados a confiança no Deus que os está reunindo, qual pastor reúne o seu rebanho, após o retorno do exílio. Para nós cristãos, “o exílio do pecado” é coisa passada, desde o momento em que Cristo ressuscitou para a nossa ressurreição e vive para a nossa vida. Porém, nos é necessário também, que como o antigo povo, nos lancemos no abismo da misericórdia do Pai e digamos a Deus com o coração arrependido: “Volta-te e tem piedade de nós!” e fazer o firme propósito de guardar a sua Palavra em nossos corações, em nossas vidas. 

Alguém diz a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo” (Mt 12,47). Diante de sua própria família, Cristo declara uma autentica verdade: A sua verdadeira família são aqueles que escutam e fazem a vontade de Deus: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,49-50). 
De modo algum Cristo está rejeitando os seus parentes, mas afirmando uma realidade que faz parte de sua pregação: A escuta da sua Palavra. A escuta, de fato, é indispensável para que se possa acolher a Palavra de Deus, porém, a Palavra escutada deve se tornar realidade na vida de quem a ouve. 
Jesus também não põe em questão a grandeza e a bondade da família humana, mas propõe as bases de uma íntima união com ele: aqueles que fazem a vontade do Pai estão unidos a Ele nos laços mais estreitos e íntimos como os laços familiares. Nasce aqui um parentesco espiritual, que une Cristo e o Pai àqueles que realizam a vontade de Deus em sua vida. 
De Deus vem a vida e todo bem. Aqueles que vivem e fazem sua vontade recebem a plenitude da vida e toda a espécie de bem (dons e graças). Feliz é quem como Maria Santíssima aceita em plenitude a iniciativa do Pai e vive a realidade de sua vontade, goza assim de todas as graças, bênçãos e bens que proveem de tão suma e eterna benevolência e vontade. 

O Senhor nosso Deus nos ajude a cada dia a confiarmos e nos lançarmos no abismo de sua misericórdia e a realizarmos sempre e em primeiro lugar a sua vontade nos dias de nossa vida! 

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa 
Terça Feira da 16ª. Semana do Tempo Comum (Ano Par) – 24.07.2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

O suficiente para você...


Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo. Quando anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse: 
- Eu te amo. Desejo o suficiente para você. 
A filha respondeu: 
- Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você. 
Elas se beijaram e a filha partiu. A mãe passou por mim e se encostou na parede. Pude ver que ela queria, e precisava, chorar. Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando: 
- Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre? 
- Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre? 
- Estou velha e ela vive tão longe daqui. Tenho desafios à minha frente a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral. 
- Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer 'Desejo o suficiente para você'. Posso saber o que isso significa? 
Ela começou a sorrir. 
- É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo. 
Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda. 
- Quando dissemos 'Desejo o suficiente para você', estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas. 
Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando: 
- Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante. 
- Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol.. 
- Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre. 
- Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores. 
- Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais. 
- Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que possui. 
- Desejo a você 'alôs' em número suficiente para que chegue ao adeus final. 
Ela começou então a soluçar e se afastou. 

Dizem que leva um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la. 

(Desconheço o autor)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dez Razões para ser católico


1º - A Igreja Católica tem como seu fundador o próprio Jesus Cristo (Mt 16,18-19) 

2º - A Igreja Católica é governada segundo a forma bíblica: bispos (Atos 20,28; Flp 1,1; Tt 1,8), presbíteros = anciãos (Atos 15, 2-6,21,18; 1Pdr 5,1) e diáconos (Atos 6, 1-6). 

3º - A Igreja Católica comprova a sua autoridade com a sucessão apostólica.

4º - A Igreja Católica foi confirmada por Deus e inaugurada para o mundo com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes (Atos 2).

5º - A Igreja Católica segue a advertência bíblica contra as divisões, cismas e sectarismo (Mt 12,25; 16,18; Jo, 10,16; 17,20-23; Atos 4,32; Rom 13,13; 1Cor 1, 10-13; 3,3-4; 10,17; 11,18-19; 12,12-27; 14,33...). 

6º - A Igreja Católica está fundamentada na autoridade da Bíblia (Hbr 4, 12-13; 2Tm 3,16-17; da Tradição, isto é, o conteúdo da doutrina cristã vindo desde o começo do cristianismo que garante a continuidade da única e mesma mensagem de Cristo (2Ts 2,15 consultar Bíblia de Jerusalém e a versão protestante João Ferreira de Almeida; 1Cor 11,2) e do Magistério, isto é, a palavra do papa e dos bispos unidos a ele (Mt 16,19; Lc 10,16).

7º - A Igreja Católica recebeu a missão de ensinar a verdade e cuidar da sã doutrina ( Mt 28,19-20 e Atos 2, 42), e assim evitar o erro das interpretações particulares que provocam discussões e diversidades. Ela é "coluna e sustentáculo da verdade"(1Tim 3,15).

8º - A Igreja Católica conservou a Bíblia com todos os livros do Antigo Testamento (46 livros), conforme o uso dos primeiros cristãos e confirmado pelos Concílios regionais de Hipona (393), Cartago III (397), Cartago IV (419) e Trulos (692). E, quanto ao Novo Testamento, inspirada por Deus, estabeleceu os 27 livros. Foi ela também quem dividiu a Bíblia em capítulos e versículos para facilitar a sua leitura.

9º - A Igreja Católica tem os sete sinais da graça de Deus: os sacramentos. O Batismo (Mt 29,19), Crisma (Atos 8,18), Eucaristia (Mt 26,26-29), Matrimônio (19,3-9), Penitência (João 20,22-23), Unção dos Enfermos (Tg 5,13-15), e a Ordem (instituído por Jesus durante a Última Ceia, quando disse aos seus apóstolos na Última Ceia: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).

10º - A Igreja Católica acredita que o batismo é necessário para receber a salvação (Mc 16,16), o perdão dos pecados, o Espírito Santo (Atos 2,38) e tornar-se membro da Igreja (Atos 2,41).

(Desconheço o autor)

domingo, 13 de maio de 2012

Carta de Deus


Tu és um ser humano, és o meu milagre.
E és forte, capaz, inteligente, e cheio de dons e talentos.
Conta teus dons e talentos. Entusiasma-te com eles.
Reconhece-te.
Aceita-te.
Anima-te.
E pensa que desde este momento podes mudar tua vida para o bem, se assim te propões e se te enches de entusiasmo.
Tu és minha criação maior. És meu milagre.
Não temas começar uma nova vida.
Não te lamentes nunca.
Não te queixes.
Não te atormentes.
Não te deprimas.
Como podes temer se és meu milagre?
Estás dotado de poderes desconhecidos para outras criaturas do Universo.
És ÚNICO.
Ninguém é igual a ti.
Só em ti está aceitar o caminho da felicidade e enfrentá-lo seguindo sempre adiante.
Até o fim.
Simplesmente porque és livre.
Em ti está o poder de não amarrar-te às coisas.
As coisas não fazem a felicidade.
Te fiz perfeito para que aproveitasses tua capacidade, e não para que te destruísses com teus enganos do mundo.
Te dei o poder de PENSAR.
Te dei o poder de AMAR.
Te dei o poder de IMAGINAR.
Te dei o poder de CRIAR.
Te dei o poder de PLANEJAR.
Te dei o poder de REZAR.
E te situei o poder dos anjos quando te dei o poder da escolha.
Te dei o domínio de escolher o teu próprio destino usando tua vontade.
O que tens feito destas tremendas forças que te dei ?
Não importa! De hoje em diante esqueça o teu passado, usando sabiamente este poder de escolha.
Opta por SORRIR em lugar de chorar.
Opta por CRIAR em lugar de destruir.
Opta por DOAR em lugar de roubar.
Opta por ATUAR em lugar de adiar.
Opta por CRESCER em lugar de consumir-te.
Opta por BENDIZER em lugar de blasfemar.
Opta por VIVER em lugar de morrer.
E aprende a sentir a Minha presença em cada ato de sua vida.
Cresça a cada dia um pouco mais no otimismo e na esperança!
Deixa para trás os medos e os sentimentos de derrota.
Eu estou ao teu lado. Sempre.
Chama-me.
Busca-me.
Lembra-te de mim.
Vivo em ti desde sempre e sempre te estou esperando para amar-te.
Se hás de vir até Mim algum dia.. que seja hoje, neste momento!
Cada instante que vivas sem Mim, é um instante infinito que perdes de Paz.
Procura tornar-te criança… simples, generoso doador, com capacidade de extasiar-te e capacidade para comover-te ante à maravilha de sentir-te humano.
Porque podes conhecer meu amor, podes sentir uma lágrima, podes compreender uma dor.
Não te esqueças de que és Meu milagre.
Que te quero feliz, com misericórdia, com piedade, para que este mundo em que transitas possa acostumar-se a sorrir, sempre que tu aprendas a sorrir.
E se és Meu milagre, então usa os teus dons e muda o teu meio ambiente, contagiando esperança e otimismo sem temor porque…
EU ESTOU AO TEU LADO !

Assinado: DEUS

(Desconheço o autor)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Momentos íntimos com Deus


• Vem Senhor comigo caminhar, meus passos vem guiar, suas pegadas a mim direcionar. 

• Vem Espírito Santo, no meu coração habitar, o amor, a paz, a alegria possa transbordar para em uma vida nova caminhar, o passado nunca lembrar e a todos poder ajudar. 

• Vem Senhor a cada dia o meu ser santificar, o meu sorriso irradiar, a luz em mim iluminar as vidas que precisarem a graça encontrar, na sua direção caminhar. 

• Pelos prados verdejantes me faz caminhar. Sentado me faz a natureza contemplar, meditar: Sua mão mansa vem me tocar, em meus ouvidos sussurrar palavras doces, de amor colocar, o meu coração vem encher de alegria a ponto de transbordar. 

• Quero Senhor o meu passado esquecer. Na sua graça, na alegria viver, como as ovelhas sua voz entender, para que possa não mais perder, as coisas especiais que queres me dar, a minha vida em ti repousar. 

• Sei que só preciso agradecer, louvar e bendizer, por todos os caminhos, pude notar, sua presença sempre a mostrar e sei nunca vai me abandonar... tudo, tudo foi para que eu pudesse crescer, aprender a lutar e vencer para que o que me fazia sofrer, pudesse até conviver... mas na alegria, da dor falar e sentir sua força a me impulsionar a nova vida recomeçar, sempre, sempre tua presença notar. Obrigado Senhor, Te amo Senhor! 

• Obrigado Senhor, pelos irmãos que colocaste em meu caminho, sem eles, hoje não estaria assim, fortalecida, sem pedras no meu caminho, meu coração sorrindo,alegre, feliz, cheio de alegria buscando sempre um novo dia. 

• Ah! Se pudesse saber como fica meu ser quando me chama a atenção, me solta da sua mão, mas ao mesmo tempo me faz entender que é preciso crescer, mas me volta sempre a alegria por poder ter você, me ajudando a caminhar, ao Senhor glorificar, com Ele sempre estar! 

• Quero ser sempre confiante, nunca arrogante, caminhar e caminhar, olhar e ver que todas as experiências vividas, foi o terreno onde Ele pode me fazer crescer, lutar e vencer, saber que não posso caminhar sem estar a olhar, contemplar, e com Ele sempre ficar . 

• Entrego a minha vida, a cada dia e peço sabedoria, pois sem ela não saberia buscar mesmo no mundo, a alegria, me livrar de todos os espinhos que me impediam de caminhar, na graça de estar em teu altar para te adorar. 

• Meu Senhor, meu Rei!, quanta coisa que passei, mas hoje sei que nada pode nos sufocar quando sua presença em nós está. Quantas críticas, quantas calúnias, mas você me segurou, com sua mão me puxou e nunca me desamparou, pois sua promessa nunca falhou e hoje vejo como foi fiel, como me conduziu, mesmo fraco, a minha casa, a minha família, e fazia-me sempre rocha forte colocando à minha frente alguém carente pra eu ajudar. 

• Se instrumento sou, em suas mãos de agricultor, vê logo como estou. Vem Senhor novamente com tua seiva de amor trazer a este servo teu, a graça de levantar para contigo novamente caminhar, te adorar e no seu colo ficar. 

• Hoje sei, ó meu Rei! Que caminha comigo a todo instante me tornando cada vez mais confiante, não deixando nem um instante, e até no colo me colocar, me afagar e no meu coração a alegria fazer novamente brotar. 

• Sozinho nunca me deixou, sua promessa sempre mostrou, abrindo as portas, quebrando todos os ferrolhos, para que eu pudesse sentir que estava na frente, dando forças para passar por todas as provações, sem nunca desanimar, mas buscar a perseverança, sabedoria e no amor tudo mergulhar e novamente a paz voltar. 

• Tu sabes quão grande foi a responsabilidade, as dificuldades, pois para a morte nunca estamos preparados. Vem a saudade, vem a dor, o pranto, a espera de que vai voltar, mas só tu Senhor volta para me consolar, comigo ficar e os meus orientar, saber que sob sua proteção está. 

• Sabe, senhor o quanto agradecido sou, pelo instrumento que sou e conseguir levar através do seu amor o meu amor que hoje contigo está, mas feliz estou porque pude testemunhar um pouquinho do seu amor a alguém que um dia me confiou e que muito me amou. Obrigado Senhor! Te adoro Senhor meu Deus, meu tudo!

(Desconheço o autor)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Preço de um milagre


Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão. Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes. O total precisava estar exatamente correto. Não havia chance para erros. Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia Rexall, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio. 
Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou! 
- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos -, explicou ele sem esperar uma resposta.
- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.
- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.
- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.
- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.
- Eu tenho dinheiro. Se não for suficiente vou buscar o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.
O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava. 
- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.
- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.
- Um dólar e onze cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.
- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!
Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa..
Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.
Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:
- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?
A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma criancinha.

Em nossas vidas, nunca sabemos quantos milagres precisaremos.
Um milagre não é o adiamento de uma lei natural, mas a operação de uma lei superior.

(Desconheço o autor)

Conversão e humildade diante de Deus


Palavras de Nossa Senhora da Alegria: 

"É tempo, meus pequenos, de vocês começarem a viver na unidade.” 

"Há pessoas demais vivendo nos caminhos da divisão e da crueldade, pela falta de bondade. Por favor, retornem a Deus. Rezem com o coração e Ele os guiará para viverem na unidade através do amor. Por favor, por favor, por favor, amem-se uns aos outros. Como posso dar-lhes novas mensagens se vocês não estão vivendo as que já existem?" 

"Lembrem-se, meus pequenos, que se vocês não conseguem ser pacientes com suas próprias imperfeições, como podem esperar que os outros sejam perfeitos? Suportem com paciência todas as tribulações, suas e dos outros. Olhem para Jesus. Ele os ama. Há expectativas demais nos homens, e isto resulta em impaciência, amargura e ódio." 

"Meus pequenos, vocês sabem que, pela atual condição do mundo, se Eu viesse até vocês apenas uma vez, ninguém ouviria Meus apelos? Mas, como Meu Filho os ama tão incondicionalmente, Ele Se humilhou permitindo-Me vir até vocês de maneira constante, para ajudá-los e pedir-lhes seu amor incondicional. Como Mãe de vocês, Eu lhes peço que se humilhem para Meu FIlho. Vão diante dele no Santíssimo Sacramento, cubram-No de amor, para que Ele atenue o que está para vir. Não peçam que Ele satisfaça seus desejos Ele sabe do que vocês precisam para a felicidade eterna. Simplesmente amem-No, louvem-No, pois Ele é o Deus de vocês. Ele é o Filho de Deus. Vocês todos se tornaram muito indiferentes, falhando em descobrir quem é seu Deus. Sua maneira mortal e humana de agir causou divisão e espalhou a destruição, por causa de seus desejos de controle. Agora lhes peço, nestes últimos dias em que estarei aqui, que amem Jesus e sigam Seus caminhos, como está nas escrituras. Não há ninguém de vocês que ame Meu Filho sem esperar consolação em troca? Como posso ajudá-los se, quando Ele os testa, vocês não Me permitem ser sua Medianeira da Graça? Ponham de lado seus desejos humanos e olhem para o que é divino. Eu os abençôo, Meus pequenos. Eu os amo e agradeço por tomarem a sério este chamado ao amor. Paz a vocês, em nome de Jesus. Ele é o Deus de vocês, quer o reconheçam ou não. Dia virá em que todos saberão a verdade. Paz". 

"Meu Filho deseja agraciá-los com muitas virtudes, mas primeiro os vícios da carne precisam ser moderados. Meu Filho deseja que todos recebam Minhas virtudes de paciência, fé, amor, doçura, sabedoria, caridade, humildade, obediência e esperança, e oração." 

"Descansem no Sagrado Coração de Meu Filho. Se levantarem suas cabeças de Seu jugo, vocês serão feridos. Olhem para Ele! Jesus é sua proteção, amor, e íntimo amigo. Abençoados os mansos e humildes de coração. Simples, ainda que tão consumidos pela chama de Seu Sagrado Coração, vocês são todos chamados a ser santos, sendo mansos e humildes de coração. Olhem para Meu FIlho. Ele irá moderar seus vícios com amor. O amor filtrará suas almas e consumirá todo o seu ser." 

"Eu os amo, Meus filhinhos, e lhes dou Meu maior tesouro, Meu Filho, Meu Coração".

Mensagens supostamente transmitidas por Nossa Senhora a vidente Gianna Talone Sullivan em Emmitsburg, Estado de Maryland - EUA.

Consagração a Nossa Senhora Virgem Imaculada! 
Minha Mãe Maria! 
Eu renovo hoje e sempre, a consagração de todo o meu ser, 
para que disponhais de mim para o bem de todos. 
Somente peço que eu possa, minha Rainha e Mãe da Igreja, 
cooperar fielmente com a vossa missão de construir o Reino de vosso Filho Jesus no mundo. 
Para isso, vos ofereço minhas orações, sacrifícios e ações. 
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós 
e por todos quantos não recorrem a vós, 
especialmente pelos inimigos da Santa Igreja e por todos quantos são a vós recomendados.

O Reino dos Céus é para quem se sacrifica

Sacrificar é colocar toda força para fazer a vontade de Deus.
Deus sempre fez de tudo para que as pessoas deixassem de lado as coisas erradas e fizessem a vontade Dele. Abandonasse a mentira, o engano, a falsidade, etc. Antes de Jesus vir a ao mundo morrer por amor a cada um de nós o profeta João Batista saia pelos vales e aldeia pregando o arrependimento. Ele dizia: Se arrependam dos seus caminhos errados e se voltem para Deus. Mas vocês acham que todas as pessoas davam ouvidos a Ele. Não, de forma alguma. Somente as pessoas sinceras confessavam para Deus os seus pecados, se arrependiam e passavam a fazer a vontade de Deus. (Cf. Mateus 3,1-10)
Sabe, o pecado afasta as pessoas de Deus e faz com que elas vivam uma vida de sofrimento, tristeza e dor e não é isso que Deus deseja para nós. Ele quer que venhamos desfrutar do amor, paz e alegria que só Ele pode nos dar. Mas para isso é preciso primeiro abandonar os erros e isso requer sacrifício, ou seja, um grande esforço da sua parte. É assim mesmo crianças, se desejamos ter a resposta de Deus para nossa vida, e o Espírito Santo, precisamos dizer não para as coisas erradas.

ORAÇÃO
Querido Pai, ouve meu clamor silencioso que precisa de Ti. 
Obrigado porque Tu acreditas no ser humano. 
Obrigado também porque quando Tu perdoas, Tu esqueces e transformas. 
Coloque neste momento a Tua mão poderosa sobre a vida de cada pessoa que fiz pecar com meu atos pensados e impensados, por meus impulsos e carências, meus momentos de ira e vaidade, e cura meu coração para que eu não torne mais a pecar e nem faça meu irmão pecar. 
Em nome de Jesus. Amém.

(Desconheço o autor)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quantas vezes...

QUANTAS VEZES... 
... nós pensamos em desistir, deixar de lado, os ideais e os sonhos. 
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça. 
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir. 
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas. 
Quantas vezes falamos sem sermos notados. 
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida. 
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota. 
Quanta vezes aquela lágrima teima em cair, justamente na hora em que precisamos parecer fortes. 
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz. 
E a resposta vem seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor. 
E a gente insiste. 
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser. 
E Deus insiste em nos abençoar, em nos mostrar o caminho: 
aquele mais difícil, mais complicado, mais bonito. 
E a gente insiste em seguir, porque tem uma missão... 
QUE O REINO DE DEUS ACONTEÇA!

(Desconheço o autor)

Os Dez Mandamentos da Qualidade


01- Ao acordar, não permita que algo que saiu errado no dia anterior atrapalhe seu dia. No máximo, comente seus planos no sentido de tornar seu trabalho cada mais produtivo. Pensar positivo é qualidade.

02- Ao entrar no prédio de seu trabalho, cumprimente a todos. Ser educado é qualidade.

03- Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal, disponibilizar os recursos ao redor. Ser organizado é qualidade.

04- Não deixe envolver pela primeira informação de erro recebida. Junte mais dados que lhe permitam obter um parecer correto sobre o assunto. Ser prevenido é qualidade.

05- Quando for abordado por alguém, dê atenção que essa pessoa necessita. Ser atencioso é qualidade.

06- Não deixe de fazer as refeições nos horários corretos. Respeitar a saúde é qualidade.

07- Dentro do possível, tente se agendar. Não fique trocando datas a todo momento, principalmente a minutos do evento. Cumprir o combinado é qualidade.

08- Ao comparecer a estes eventos procure mostrar suas ideias às pessoas certas. Se elas não forem muito bem aceitas, saiba esperar por uma nova oportunidade. Ter paciência é qualidade.

09- Não prometa o que está além do seu alcance só para impressionar quem lhe ouve. Falar a verdade é qualidade.

10- Na saída do trabalho, esqueça-o. Pense como vai ser bom chegar em casa e rever a família ou os amigos que lhe dão segurança para desenvolver suas tarefas com equilíbrio. Amar a família e os amigos é a maior das qualidades.

(Cláudio Freitas)

O estranho

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. 
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares:
Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas o estranho era nosso narrador.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha 
para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. 
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar. 
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. 
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio. 
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?
Nós o chamamos Televisor...
Agora ele tem uma esposa que se chama Computador e um filho que se chama Celular! Outro dia nasceu mais um: o Tablet... 

(Desconheço o autor)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Direcione o seu olhar


Quando estiver em dificuldade e pensar em desistir, 
OLHE PARA TRÁS 
e lembre-se dos obstáculos que já superou. 

Se tropeçar e cair, levante, não fique prostrado, 
OLHE PARA FRENTE 
e esqueça o passado. 

Ao sentir-se orgulhoso por alguma realização pessoal, 
OLHE PARA DENTRO 
e sonde suas motivações. 

Antes que o egoísmo o domine, 
enquanto seu coração é sensível, 
OLHE PARA OS LADOS 
e socorra os que o cercam. 

Na escalada rumo às altas posições, na ansia de concretizar seus sonhos, 
OLHE PARA BAIXO 
e observe se não está pisando em alguém. 

Em todos os momentos da vida, seja qual for sua atividade, 
OLHE PARA CIMA 
e busque a aprovação de DEUS!

Desconheço o autor

sábado, 17 de março de 2012

A Lei de Deus e o Sinal da Aliança

1. Após a Libertação do Egito, Deus estabelece com o Povo de Israel uma Aliança que se concretiza no dom dos Dez Mandamentos. Por isso se diz que a proclamação dos Mandamentos se enquadra no contexto da Aliança. De fato, a proposta de Deus em firmar uma Aliança com seu povo é desenvolvida nos Dez Mandamentos (Cf. Ex 20,1-17). 
Os mandamentos são prova do Amor de Deus por seu povo, manifestado através das mais extraordinárias intervenções na história e na vida do seu “eleito”, são o fundamento de sua fidelidade e do seu amor. Por isso o Decálogo é apresentado como Lei transbordante do amor de Deus, que, depois de haver libertado o seu povo da escravidão material do Egito, quer libertá-lo de toda escravidão moral das paixões e do pecado, para uni-lo a si em amizade e intimidade, numa bondade onipotente e misericordiosa, que espera da parte do homem fidelidade para com o querer divino. 
Os mandamentos são, portanto, caminho de liberdade. Assim a Lei, mais do que uma imposição é vista como um dom: Palavra de Deus dirigida ao homem que espera dele uma resposta, fonte de bênçãos para quem as cumpre fielmente, preço do resgate de todo tipo de escravidão e alienação, meio de crescimento pessoal e comunitário, apelo à interioridade e caminho da comunhão com Deus. 

2. Infelizmente Israel não foi coerente ou condescendente com a fidelidade proposta por Deus através dos mandamentos. Israel se desviou do caminho, abandonou e traiu o Senhor Deus muitas vezes. 
Era preciso então que Jesus viesse não para mudar ou instaurar uma nova Lei, mas restaurar a Lei Antiga, completá-la, aperfeiçoá-la, sobretudo no tocante ao amor e a interioridade por parte do povo. Jesus supera a lei de Moisés ao apelar para a interioridade da mesma, a fim de libertar a Lei e o homem de todo formalismo e práticas vazias, a fim de que o homem seja reconduzido à experiência do amor de Deus. 
Como nos ensina o Evangelho e o Catecismo da Igreja, Cristo resume os dez mandamentos da seguinte forma: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento (1º, 2º e 3º Mandamentos); Amarás o próximo como a ti mesmo (4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º Mandamentos)” (Cf. Mt 22,38-39). 
Podemos nos perguntar: Porque Jesus faz isto? 
Porque Ele assim como o Pai nos quer livres! 
Para o Filho de Deus o que importa é a liberdade e não a lei por si mesma. Liberdade que vai levar àqueles que ouvem a lei e a guardam em seu coração ao serviço do Reino, a tornar-se como Jesus, um “Servo por amor” e não “servo por causa da letra”. 

3. É sob esta luz que consideramos o gesto ousado de Jesus a expulsar os profanadores do Templo. Cristo com este gesto ensina que Deus deve ser servido e adorado com pureza de intenção, que as relações dos homens devem ser retas e sinceras, assim como a relação com o próximo, na interioridade e não na exterioridade (Cf. Jo 2,13-25). Em outras palavras, a base destas relações deve ser o amor. 
Jesus ainda refere-se a outro Templo, um de dignidade infinita: “o Templo do seu Corpo”. Aquele que ele afirma “destruir e em três dias reedificar”. Estas palavras só foram compreendidas por seus ouvintes, que num primeiro momento se escandalizaram, após sua morte e Ressurreição. 
Cristo é rejeitado pelos comerciantes, cambistas e sacerdotes do Templo, porém esta rejeição servirá para o nascimento do novo centro do culto divino: não mais o Templo de Jerusalém e as pedras de sacrifício, mas o seu Corpo: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei” (Jo 2,19). Cristo se faz nova proposta de salvação da parte de Deus para o homem, pois quem quer adorar a Deus em espírito e em verdade deve fazê-lo em Cristo, mediante a fé. 
Através do mistério pascal, Cristo substitui o Templo da Antiga Aliança pelo seu Corpo, um Templo vivo e digno da Trindade, que, oferecido em sacrifício pela salvação do mundo, substitui e anula de uma vez por todas os sacrifícios de animais que eram realizados no Templo de Jerusalém. Depois do Sacrifício do Cristo, nenhum outro tem razão de ser, pois Ele passa a ser o Centro da Nova Aliança, “Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos; mas para os chamados... poder de Deus e sabedoria de Deus” (I Cor 1,23-24). 
O sinal da Aliança não é mais o sangue dos cordeiros oferecidos em sacrifício pelos pecados do povo, mas o Sangue do Cordeiro, o Sangue de Cristo. Por isto, o anúncio da Páscoa deixa de ser a libertação do Egito e passa a ser o Cristo crucificado. A salvação se obtém pela fé na Cruz, que é poder e sabedoria de Deus, porque trouxe em seus braços o único sacrifício capaz de dar a salvação. A via de salvação é uma só: Cristo crucificado que morreu e ressuscitou dos mortos. 

4. Pode acontecer que no culto que prestamos a Deus ou na observância de algum dos mandamentos, olhemos mais para o lado exterior, o lado legalístico, do que para o interior da proposta. Ai é que nascem os pequenos e grandes profanadores do Templo, da religião e da Lei de Deus. 
Deus é o “fiel”. Por isso a Aliança com Ele só pode ser rompida pelo homem. A Aliança que fazemos com Deus deve comprometer toda a nossa vida, para que o derramamento do Sangue do Cordeiro de Deus não tenha sido em vão. Por isso que devemos romper com os fingimentos, com a falsa modéstia, as preocupações temerosas, orgulho e egoísmo e testemunhar com coragem, mesmo diante das ironias e perseguições, que Cristo morreu para que tivéssemos vida e em seu Sangue o Pai sela conosco uma nova e definitiva Aliança para a nossa salvação. 
A nossa Aliança com Deus não pode de modo algum ser reduzida a uma apressada visita dominical à Igreja ou a um passeio turístico e religioso a algum santuário, e nem de devoções externas ou freqüências convenientes aos sacramentos, pois o cristianismo não consta de práticas que devemos cumprir em determinados momentos ou de uma fidelidade periódica. Quem vive assim não está vivendo a Lei do Cristo, mas a sua lei pessoal. 
Para Cristo a Lei é compromisso de amor. Para nós também deve ser compromisso que nos põe a caminho da plenitude e que nos permite recomeçar sempre que cairmos e desde que nos mantenhamos no caminho. O cristianismo não é simplesmente práticas, é compromisso! 

5. O Evangelho nos diz que estava próxima a Páscoa dos judeus (Cf. Jo 2,13) e Cristo com o gesto que faz no Templo, o purifica para que a Páscoa seja celebrada sem mancha, ou seja, renova o culto que era ali prestado a Deus. Aproxima-se também a nossa Páscoa, e a Igreja repete este gesto nos convidando a purificar o Templo do nosso coração para que dele suba a Deus o culto mais puro, sincero e interior. 
Portanto, é tempo de abrir os ouvidos ao chamado de Cristo, que nos comunica a Lei de Deus resumida na lei do seu Amor. A lei humana tem um inicio e tem um fim; a lei de Deus não! A Lei de Deus é regida pelo amor e para o amor não existe um “basta”, não existe limites, ele é sem fim! 
Confortados pela misericórdia de Deus nos lembremos sempre de que “A Lei do Senhor Deus é perfeita, um conforto para a alma, palavras de Vida eterna, testemunho fiel, sabedoria dos humildes, precisa, alegria ao coração, brilhante, para os olhos luz, pura, imutável, correta, justa, desejável, palavra mais doce que o mel” (Cf. Sl 18,8-11). 
Se quisermos ser verdadeiramente livres, o caminho para a Libertação é a Lei do Senhor Deus e o Sangue de Cristo derramado na Cruz. 

Sem. Rodolfo Marinho de Sousa 
3º. Domingo da Quaresma – (11.03.2012 – Ano B)

domingo, 4 de março de 2012

Ventos e tempestades da vida


Um escritor inglês, do século passado, conta em uma de suas obras que na praia perto de sua casa, uma coisa muito interessante podia ser vista com freqüência: um navio lançando a sua âncora no mar enfurecido. 
Dificilmente existe uma coisa mais interessante ou sugestiva do que essa.
O navio dança sobre as ondas, parece estar sob o poder e à mercê delas. O vento e a água se combinam para fazer do navio o seu brinquedo. Parece que vai haver destruição; pois se o casco do navio for lançado sobre as rochas, será despedaçado.
Mas observamos que o navio mantém a sua posição. Embora à primeira vista parecesse um brinquedinho desamparado à mercê dos elementos, o navio não é vencido.
Qual é o segredo da segurança deste navio? Como pode resistir às forças da natureza com tanta tranqüilidade?
Existe segurança para o navio no meio da tempestade porque ele está ancorado! A corda à qual ele está amarrado não depende das águas, nem de qualquer outra coisa que flutue dentro delas. Ela as atravessa e está fixada no fundo sólido do mar. Não importa quão forte o vento sopre ou quão altas sejam as ondas do mar... A sua segurança depende da âncora que está imóvel no fundo do oceano.
Muitas vezes nos sentimos no meio de uma tormenta, sendo jogados pelas ondas da vida para cima e para baixo e açoitados pelo vento da adversidade. Parece-nos, às vezes, que não conseguiremos sobreviver a determinados períodos de nossas vidas.
Sem uma vida espiritual, a nossa vida é como um navio sacudido pelo mar enraivecido das circunstâncias incontroláveis da vida. Mas, confiando em Deus, experimentamos sua presença e amor como âncora da nossa vida. Nos sentimos encorajados e esperançosos. 
Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco.

(Desconheço o autor)

A Parábola da Rosa



Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente. Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou:
- "Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"
Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desabrochar, ela morreu.
Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: São as qualidades dadas por Deus.
Dentro de cada alma temos também os espinhos: São as nossas faltas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.
Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.
Nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e consequentemente, isso morre.
Nunca percebemos o nosso potencial.
Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas.
Portanto alguém mais deve mostrar a elas.
Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.
Esta é a característica do amor.
Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.
Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.
Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.
Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.
Portanto sorria e descubra as rosas que existem dentro de você e das pessoas que passam ou passarão pela sua vida, pois, ninguém passa pela nossa vida sem deixar e levar uma semente, então, QUE SEJA A MELHOR E MAIS BELA ROSA.

(Desconheço o autor)