1. Há uma realidade que nos cerca, que nos acompanha dia após dia em nossas vidas: Somos Pecadores! Somos chamados a assumir essa realidade, para que se revele sobre nós a face misericordiosa de Deus. Se não temos consciência da nossa situação em relação ao pecado, dificilmente a misericórdia de Deus vai agir e estar presente em nossas vidas.
O pecado é aquela mancha original com a qual todos nós nascemos, por conta da corrupção que entrou no mundo por meio de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Ele está impregnado em nós, faz parte da história do homem como individuo e como ser social. E por isso, infelizmente não há opção que nos leve a pecar ou não.
No entanto, podemos escolher, e assim procurar viver em meio a nossa luta diária com aquilo que não é bom em nós, se queremos trilhar uma vida em santidade e temor a Deus, ou trilhar uma vida sem separar nela um lugar privilegiado para Deus. A vida da santidade e do temor é o caminho de Deus; a outra “face” desta vida, é o caminho que nós trilhamos como bem entendemos, fugindo assim de todo e qualquer compromisso com a santidade e a perfeição que o próprio Deus nos oferece, portanto, é o caminho do pecado.
2. Pecamos, isto é fato! Porém, temos o consolo do próprio Deus, que em sua Misericórdia infinita, não aponta o nosso pecado, a ponto de nos julgar, mas, se preocupa com o nosso coração, e com a nossa vontade de recomeçar, de voltar atrás. Trata-se daquela velha sempre nova novidade: Deus odeia o pecado, mas, ama o pecador! E assim nos leva a ter uma experiência profunda em sua Misericórdia... É a experiência do “cair”, “levantar-se” e “imergir” no Amor de Deus: O RECOMEÇO.
Muitas vezes nos achamos no fundo do poço, no lamaçal; nos sentimos a “laranja podre” da cesta por conta do nosso pecado; no entanto, Deus se levanta de nós e nos ergue, nos dá o seu perdão, se assim nós o quisermos, levando-nos a ter experiência intima de amor com Ele e a fazer também uma série de propósitos de mudança de vida e de não voltar a pecar... Porém, mais na frente caímos de novo, erramos de novo, voltamos ao fundo do poço e Deus mais uma vez vem em nosso favor e nos tira desta situação. Se mil vezes nós cairmos, mil vezes Deus nos levantará! E porque? Porque Ele nos ama!
Por esta divina razão, somos chamados a viver no temor, certos de que Deus não nos abandona e nem se esquece de nós: “Como um pai tem piedade de seu filho, assim o Senhor tem piedade dos que o temem. Porque ele sabe de que somos feitos, lembra-se de que somos pó” (Sl 102,13-14).
3. Deus é Misericórdia! O nosso Salvador Jesus nos revela esta face de Deus por meio do Evangelho: Um Deus de Cura e de Perdão; Um Deus que cura os nossos males físicos e espirituais; Um Deus que traz Salvação para quem está perdido por causa do pecado; Um Deus que nos ama a tal ponto de entregar seu Filho Único para morrer numa Cruz, a fim de nos resgatar, de nos dar a salvação e de perdoar os nossos pecados; Um Deus que nos ensina a lição do perdão e da Misericórdia!
4. “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Cf. Mc 2, 7). Esta frase contesta Jesus quando ele cura o paralítico (Cf. Mc 2,1-12). Pois bem, de fato, só Deus tem poder para perdoar os pecados do homem, no entanto, Jesus na qualidade de Filho de Deus, e portanto, na qualidade do próprio Deus que o é, cura o paralítico, provando assim a sua divindade em primeiro lugar e no mesmo episódio vai nos ensinar a lição da Misericórdia!
O que Jesus fez ali foi mais que um sinal ou um milagre, foi uma “nova criação” literalmente na vida daquele homem. É assim que Deus agiu e continua agindo: Ele esquece os pecados e cura... Esta é a nova criação que nasce de um Deus que perdoa os pecados, cancela-os e os lança “para trás de si”: “Sou eu mesmo, que cancelo tuas culpas por minha causa e já não me lembrarei de teus pecados.” (Is 43,25).
Mais uma vez afirmamos: Deus não se importa com o pecado, mas, com a vontade do pecador em acertar o seu erro!
5. Neste ponto, podemos desviar brevemente a nossa reflexão para o Sacramento da Penitência. Hoje, mais do que nunca muitos dizem por ai, que só Deus pode perdoar os pecados, e usam deste artifício para repudiar a confissão, preferindo confessar-se diretamente com Deus.
Deus ouve? Certamente! Mas, não tem sentido algum “confessar-se diretamente com Deus”, sendo que Ele mesmo através do seu Filho e nosso Salvador Jesus Cristo deixou para nós tal sacramento. Além do que, em toda História da Humanidade Deus sempre se manifestou por meio de alguém e nunca diretamente...
Somente Deus perdoa os pecados, isto é certo! E é o que acontece no Sacramento da Penitência: O Sacerdote empresta seus ouvidos e suas mãos para que Deus por meio da oração da Igreja conceda o perdão dos pecados e o retorno à graça. Não é o padre que perdoa, mas, o Autor do Perdão: O próprio Deus!
6. Talvez seja por causa desta consciência de que se confessando diretamente com Deus o problema está resolvido, que o homem de hoje perdeu a consciência e o sentido do pecado. Eu peco aqui e ali eu peço perdão a Deus. E tem mais: muitos acham que certos atos e atitudes são “normais” nos dias de hoje e por isso, aquele ou este determinado ato não necessita de Deus e muito menos de seu perdão e misericórdia.
Hoje em dia, na concepção atual, tudo é permitido e nada é pecado... O que leva as nossas opções fundamentais de vida, os nossos conceitos morais e cristãos a perderem seu valor; a naufragarem no “não pega nada” desta onda que tem tomado às consciências de que “Pecar é normal!”.
É normal tirar a vida de alguém, porque está atrapalhando o meu caminho; é normal realizar um aborto, porque este “ser” vai atrasar a minha vida; é normal usar drogas porque assim eu fujo da realidade, e me escondo em um mundo só meu; é normal “atacar” a vida do irmão com palavras e gestos porque ele fez a mesma coisa contra mim; é normal viver uma sexualidade desregrada porque todo mundo vive... E por ai vai...
O pecado tornou-se “normal”, e ainda “coisa da moda”, todo mundo segue, faz, copia; por isso: “Confessa-lo para que, se ele não tem mais dimensão de “pecado” em minha vida?”
7. “Jesus nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações” (Cf. II Cor 1, 22). Ele nos escolheu, nos separou, nos marcou para que pertencêssemos a Ele e não ao pecado, e quando neste cairmos, nós podemos dizer como o salmista: “Curai-me Senhor, pois pequei contra vós!” e assim, recomeçar! Mas, infelizmente dificilmente se ouve isto, pois o homem do século XXI prefere permanecer doente ao ser curado.
O pecado nos deixa paralíticos! Não nos permite movimentar na graça de Deus! Por isso é necessário o perdão, o arrependimento, a confissão, a vontade de acertar e recomeçar, para que possamos como “novas criaturas” andar na graça de Deus! Não tem outro caminho, nem outro modo, mas a escolha permanece sempre nossa: Quero eu ser paralítico diante de Deus por conta da minha opção pelo pecado, ou quero me movimentar livremente em sua graça?
8. Que possamos confiar no Senhor e em sua Misericórdia, exultar de alegria pela salvação que Ele nos trouxe, cantar a Ele cantos de gratidão pelo bem que Ele nos faz (Cf. Sl 12,6), e assim procurando o que é reto, realizar a sua vontade em nossas palavras e ações.
O pecado é aquela mancha original com a qual todos nós nascemos, por conta da corrupção que entrou no mundo por meio de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Ele está impregnado em nós, faz parte da história do homem como individuo e como ser social. E por isso, infelizmente não há opção que nos leve a pecar ou não.
No entanto, podemos escolher, e assim procurar viver em meio a nossa luta diária com aquilo que não é bom em nós, se queremos trilhar uma vida em santidade e temor a Deus, ou trilhar uma vida sem separar nela um lugar privilegiado para Deus. A vida da santidade e do temor é o caminho de Deus; a outra “face” desta vida, é o caminho que nós trilhamos como bem entendemos, fugindo assim de todo e qualquer compromisso com a santidade e a perfeição que o próprio Deus nos oferece, portanto, é o caminho do pecado.
2. Pecamos, isto é fato! Porém, temos o consolo do próprio Deus, que em sua Misericórdia infinita, não aponta o nosso pecado, a ponto de nos julgar, mas, se preocupa com o nosso coração, e com a nossa vontade de recomeçar, de voltar atrás. Trata-se daquela velha sempre nova novidade: Deus odeia o pecado, mas, ama o pecador! E assim nos leva a ter uma experiência profunda em sua Misericórdia... É a experiência do “cair”, “levantar-se” e “imergir” no Amor de Deus: O RECOMEÇO.
Muitas vezes nos achamos no fundo do poço, no lamaçal; nos sentimos a “laranja podre” da cesta por conta do nosso pecado; no entanto, Deus se levanta de nós e nos ergue, nos dá o seu perdão, se assim nós o quisermos, levando-nos a ter experiência intima de amor com Ele e a fazer também uma série de propósitos de mudança de vida e de não voltar a pecar... Porém, mais na frente caímos de novo, erramos de novo, voltamos ao fundo do poço e Deus mais uma vez vem em nosso favor e nos tira desta situação. Se mil vezes nós cairmos, mil vezes Deus nos levantará! E porque? Porque Ele nos ama!
Por esta divina razão, somos chamados a viver no temor, certos de que Deus não nos abandona e nem se esquece de nós: “Como um pai tem piedade de seu filho, assim o Senhor tem piedade dos que o temem. Porque ele sabe de que somos feitos, lembra-se de que somos pó” (Sl 102,13-14).
3. Deus é Misericórdia! O nosso Salvador Jesus nos revela esta face de Deus por meio do Evangelho: Um Deus de Cura e de Perdão; Um Deus que cura os nossos males físicos e espirituais; Um Deus que traz Salvação para quem está perdido por causa do pecado; Um Deus que nos ama a tal ponto de entregar seu Filho Único para morrer numa Cruz, a fim de nos resgatar, de nos dar a salvação e de perdoar os nossos pecados; Um Deus que nos ensina a lição do perdão e da Misericórdia!
4. “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Cf. Mc 2, 7). Esta frase contesta Jesus quando ele cura o paralítico (Cf. Mc 2,1-12). Pois bem, de fato, só Deus tem poder para perdoar os pecados do homem, no entanto, Jesus na qualidade de Filho de Deus, e portanto, na qualidade do próprio Deus que o é, cura o paralítico, provando assim a sua divindade em primeiro lugar e no mesmo episódio vai nos ensinar a lição da Misericórdia!
O que Jesus fez ali foi mais que um sinal ou um milagre, foi uma “nova criação” literalmente na vida daquele homem. É assim que Deus agiu e continua agindo: Ele esquece os pecados e cura... Esta é a nova criação que nasce de um Deus que perdoa os pecados, cancela-os e os lança “para trás de si”: “Sou eu mesmo, que cancelo tuas culpas por minha causa e já não me lembrarei de teus pecados.” (Is 43,25).
Mais uma vez afirmamos: Deus não se importa com o pecado, mas, com a vontade do pecador em acertar o seu erro!
5. Neste ponto, podemos desviar brevemente a nossa reflexão para o Sacramento da Penitência. Hoje, mais do que nunca muitos dizem por ai, que só Deus pode perdoar os pecados, e usam deste artifício para repudiar a confissão, preferindo confessar-se diretamente com Deus.
Deus ouve? Certamente! Mas, não tem sentido algum “confessar-se diretamente com Deus”, sendo que Ele mesmo através do seu Filho e nosso Salvador Jesus Cristo deixou para nós tal sacramento. Além do que, em toda História da Humanidade Deus sempre se manifestou por meio de alguém e nunca diretamente...
Somente Deus perdoa os pecados, isto é certo! E é o que acontece no Sacramento da Penitência: O Sacerdote empresta seus ouvidos e suas mãos para que Deus por meio da oração da Igreja conceda o perdão dos pecados e o retorno à graça. Não é o padre que perdoa, mas, o Autor do Perdão: O próprio Deus!
6. Talvez seja por causa desta consciência de que se confessando diretamente com Deus o problema está resolvido, que o homem de hoje perdeu a consciência e o sentido do pecado. Eu peco aqui e ali eu peço perdão a Deus. E tem mais: muitos acham que certos atos e atitudes são “normais” nos dias de hoje e por isso, aquele ou este determinado ato não necessita de Deus e muito menos de seu perdão e misericórdia.
Hoje em dia, na concepção atual, tudo é permitido e nada é pecado... O que leva as nossas opções fundamentais de vida, os nossos conceitos morais e cristãos a perderem seu valor; a naufragarem no “não pega nada” desta onda que tem tomado às consciências de que “Pecar é normal!”.
É normal tirar a vida de alguém, porque está atrapalhando o meu caminho; é normal realizar um aborto, porque este “ser” vai atrasar a minha vida; é normal usar drogas porque assim eu fujo da realidade, e me escondo em um mundo só meu; é normal “atacar” a vida do irmão com palavras e gestos porque ele fez a mesma coisa contra mim; é normal viver uma sexualidade desregrada porque todo mundo vive... E por ai vai...
O pecado tornou-se “normal”, e ainda “coisa da moda”, todo mundo segue, faz, copia; por isso: “Confessa-lo para que, se ele não tem mais dimensão de “pecado” em minha vida?”
7. “Jesus nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações” (Cf. II Cor 1, 22). Ele nos escolheu, nos separou, nos marcou para que pertencêssemos a Ele e não ao pecado, e quando neste cairmos, nós podemos dizer como o salmista: “Curai-me Senhor, pois pequei contra vós!” e assim, recomeçar! Mas, infelizmente dificilmente se ouve isto, pois o homem do século XXI prefere permanecer doente ao ser curado.
O pecado nos deixa paralíticos! Não nos permite movimentar na graça de Deus! Por isso é necessário o perdão, o arrependimento, a confissão, a vontade de acertar e recomeçar, para que possamos como “novas criaturas” andar na graça de Deus! Não tem outro caminho, nem outro modo, mas a escolha permanece sempre nossa: Quero eu ser paralítico diante de Deus por conta da minha opção pelo pecado, ou quero me movimentar livremente em sua graça?
8. Que possamos confiar no Senhor e em sua Misericórdia, exultar de alegria pela salvação que Ele nos trouxe, cantar a Ele cantos de gratidão pelo bem que Ele nos faz (Cf. Sl 12,6), e assim procurando o que é reto, realizar a sua vontade em nossas palavras e ações.
Paróquia de Todos os Santos – Comunidade Santa Emília
Texto escrito em 22.02.2009
para a Celebração do 7º. Domingo do Tempo Comum: “Domingo do Paralítico”.
Texto escrito em 22.02.2009
para a Celebração do 7º. Domingo do Tempo Comum: “Domingo do Paralítico”.
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