1. Um dos males que a humanidade sofre e tem por chaga - pelo menos ao meu ver - nos dias de hoje é a inveja. Diariamente vemos nos veículos de comunicação e mídia, que por muito pouco, se rouba, se destrói e até mesmo se mata, por conta deste sentimento que envolve o coração do homem e o cega de tal maneira, que este não se encontra satisfeito, enquanto não possuir o que é do outro, ou até mesmo tomar o lugar do outro, e pior ainda quando quer ser o outro.
Podemos dizer que este estigma faz parte da natureza humana, e configura-se à realidade de pecador que todo ser humano traz consigo. Algo com o qual temos que viver e saber lidar. Aliás, a inveja é um mal que está presente em toda a História da Humanidade, e vai estar presente no meio daquela luta que todos nós travamos em nosso coração entre o bem e o mal.
2. Podemos lembrar de duas histórias, conhecidas nossa e citá-las como exemplo, do que a inveja pode fazer na vida do ser humano.
Lembramos de Caim e Abel. Abel foi assassinado por seu irmão porque este o invejou, uma vez que Deus preferiu a oferta de Abel à sua (Cf. Gn 4,1-16). Lembramos também de José do Egito, que por ser o mais amado pelo seu pai Israel (Jacó), foi invejado pelos seus irmãos, que chegaram a tramar a sua morte, mas o preferiram vender a uma caravana que o levou ao Egito, ao mancharem suas mãos com o sangue de seu irmão (Cf. Gn 37,3-28).
Concluímos num primeiro momento, que, sem dúvida alguma, a inveja é um sentimento bem desprezível!
3. Podemos acrescentar à nossa reflexão, uma passagem bem interessante do Evangelho: “A Parábola dos vinhateiros homicidas”, aonde o proprietário de uma vinha, contrata a vinhateiros para que dela cuidem; estes, porém, matam todos os empregados que o proprietário envia a vinha e por fim o seu próprio filho (Cf. Mt 21,33-43.45-46).
Nos perguntamos: O que levou os vinhateiros a agirem desta forma? Sem dúvida, foram tomados pelo sentimento do qual nós falamos, a inveja.
4. Porém, esta parábola contada por Jesus nos permite nos aprofundarmos um pouco mais em nossa reflexão.
Numa linguagem alegórica, podemos dizer que o proprietário da vinda é o próprio Deus; a Vinha, o povo eleito – homens e mulheres fiéis ao Reino de Deus e ao seu plano de Salvação; os servos, os profetas; o Filho, Jesus; e os vinhateiros homicidas, aqueles que são infiéis.
Pois bem, esta parábola é uma síntese da história da salvação. Salvação esta que pode ser aceita ou recusada por nós; a parábola ainda nos alerta que ninguém pode ter a pretensão de ser salvo, e temos que ter consciência disto, pois a única segurança de salvação é a misericórdia de Deus para conosco.
5. Creio que podemos afirmar com certeza, de que, dentre todos os motivos que levaram Jesus à Cruz, estava o sentimento de inveja da parte dos responsáveis pela sua morte. Jesus anunciou com o seu ministério e vida o Reino do Pai dando um novo sentido a quem não tinha mais sentido nenhum na vida e concedendo a todos que dele se aproximar o acesso ao Pai. Em linguagem mais popular, podemos dizer que Jesus, se importando com os filhos e filhas de Deus, chamou a atenção para si de todos. Aqueles que o levaram à cruz, também queriam a atenção do povo para si, mas, por meio de leis e preceitos que não passavam de simples obrigação e cujo povo já estava cansado.
Podemos dizer que este estigma faz parte da natureza humana, e configura-se à realidade de pecador que todo ser humano traz consigo. Algo com o qual temos que viver e saber lidar. Aliás, a inveja é um mal que está presente em toda a História da Humanidade, e vai estar presente no meio daquela luta que todos nós travamos em nosso coração entre o bem e o mal.
2. Podemos lembrar de duas histórias, conhecidas nossa e citá-las como exemplo, do que a inveja pode fazer na vida do ser humano.
Lembramos de Caim e Abel. Abel foi assassinado por seu irmão porque este o invejou, uma vez que Deus preferiu a oferta de Abel à sua (Cf. Gn 4,1-16). Lembramos também de José do Egito, que por ser o mais amado pelo seu pai Israel (Jacó), foi invejado pelos seus irmãos, que chegaram a tramar a sua morte, mas o preferiram vender a uma caravana que o levou ao Egito, ao mancharem suas mãos com o sangue de seu irmão (Cf. Gn 37,3-28).
Concluímos num primeiro momento, que, sem dúvida alguma, a inveja é um sentimento bem desprezível!
3. Podemos acrescentar à nossa reflexão, uma passagem bem interessante do Evangelho: “A Parábola dos vinhateiros homicidas”, aonde o proprietário de uma vinha, contrata a vinhateiros para que dela cuidem; estes, porém, matam todos os empregados que o proprietário envia a vinha e por fim o seu próprio filho (Cf. Mt 21,33-43.45-46).
Nos perguntamos: O que levou os vinhateiros a agirem desta forma? Sem dúvida, foram tomados pelo sentimento do qual nós falamos, a inveja.
4. Porém, esta parábola contada por Jesus nos permite nos aprofundarmos um pouco mais em nossa reflexão.
Numa linguagem alegórica, podemos dizer que o proprietário da vinda é o próprio Deus; a Vinha, o povo eleito – homens e mulheres fiéis ao Reino de Deus e ao seu plano de Salvação; os servos, os profetas; o Filho, Jesus; e os vinhateiros homicidas, aqueles que são infiéis.
Pois bem, esta parábola é uma síntese da história da salvação. Salvação esta que pode ser aceita ou recusada por nós; a parábola ainda nos alerta que ninguém pode ter a pretensão de ser salvo, e temos que ter consciência disto, pois a única segurança de salvação é a misericórdia de Deus para conosco.
5. Creio que podemos afirmar com certeza, de que, dentre todos os motivos que levaram Jesus à Cruz, estava o sentimento de inveja da parte dos responsáveis pela sua morte. Jesus anunciou com o seu ministério e vida o Reino do Pai dando um novo sentido a quem não tinha mais sentido nenhum na vida e concedendo a todos que dele se aproximar o acesso ao Pai. Em linguagem mais popular, podemos dizer que Jesus, se importando com os filhos e filhas de Deus, chamou a atenção para si de todos. Aqueles que o levaram à cruz, também queriam a atenção do povo para si, mas, por meio de leis e preceitos que não passavam de simples obrigação e cujo povo já estava cansado.
A “inveja” humana leva o Salvador à Cruz. Porém, quando eles pensam que o “problema” está resolvido, eis que Jesus renova todas as coisas, pois, eranecessário que Ele morresse e ressuscitasse pra que a sua pregação e o Reino de Deus acontecesse, fossem confirmados.
6. Diante desta realidade maravilhosa de ressurreição, só nos resta nos questionarmos.
Queremos ser os vinhateiros homicidas que com nossos atos e “invejas” continuam a apedrejar, crucificar e a matar Jesus? Ou queremos ser parte da Vinha de Deus, ou seja, seu Povo, que se rende à Ressurreição? O quanto ainda precisamos lutar com o sentimento de inveja em nós?
Durante a nossa vida estaremos sempre entre a inveja humana e a proposta de salvação de Deus. Como viver nesta oscilação? Sem dúvida, Deus virá em nosso auxílio, mas nós também temos que fazer a nossa parte.
A Quaresma é tempo de revisão de vida e de confronto com a Palavra de Deus, é tempo de mortificação, tempo de atualização concreta em nossa existência da Paixão e Morte de Cristo, que em nós torna-se fonte de vida verdadeira na Páscoa da sua Ressurreição.
Por isso, não tenhamos medo de rever as nossas opções e escolhas fundamentais, e de dar em Cristo um novo alento a nossa história, para assim constituirmos a Vinha do Senhor, seu Povo Eleito, livre da inveja e de todo sentimento humano que nos afasta de seu projeto de Salvação.
Queremos ser os vinhateiros homicidas que com nossos atos e “invejas” continuam a apedrejar, crucificar e a matar Jesus? Ou queremos ser parte da Vinha de Deus, ou seja, seu Povo, que se rende à Ressurreição? O quanto ainda precisamos lutar com o sentimento de inveja em nós?
Durante a nossa vida estaremos sempre entre a inveja humana e a proposta de salvação de Deus. Como viver nesta oscilação? Sem dúvida, Deus virá em nosso auxílio, mas nós também temos que fazer a nossa parte.
A Quaresma é tempo de revisão de vida e de confronto com a Palavra de Deus, é tempo de mortificação, tempo de atualização concreta em nossa existência da Paixão e Morte de Cristo, que em nós torna-se fonte de vida verdadeira na Páscoa da sua Ressurreição.
Por isso, não tenhamos medo de rever as nossas opções e escolhas fundamentais, e de dar em Cristo um novo alento a nossa história, para assim constituirmos a Vinha do Senhor, seu Povo Eleito, livre da inveja e de todo sentimento humano que nos afasta de seu projeto de Salvação.
Texto escrito na Sexta feira da Segunda Semana da Quaresma (13.03.2009)
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