Sem Palavras!
Bela oração em forma de musica!
Quantas e quantas vezes já cantei esta canção em adoração e cada vez foi como a primeira e única vez aos pés do Senhor presente verdadeiramente na Eucaristia!
Ah! Senhor... Sempre quero estar em tua Presença!
PAGINAS
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sexta-feira, 27 de março de 2009
Testemunho de vida e apostolado.
Michel, amigo meu, me enviou pelo orkut esses dias um video com a história de uma garota de 14 anos que me chamou muita atenção, e que sem dúvida, serve de exemplo para todos nós. Você que assistir este video perceberá que se trata de um testemunho evangélico e talvez se pergunte porque um seminarista católico postou em seu blog um video de um testemunho evangélico? Respondo: A religião é apenas um detalhe entre nós que temos a mesma esperança no mesmo Salvador. Se as pessoas ao nosso redor, ou até mesmo nós, fossemos como esta moça, não veríamos o nosso mundo como está hoje, e sem dúvida ele seria mais diferente, e Deus teria mais "espaço" na vida de seus filhos e filhas. Vi esta menina, Andressa, como um grande exemplo para mim e para o meu futuro ministério sacerdotal. Que exemplos como este e tantos outros que nós conhecemos e permanecem no anonimato, nos sirvam para que tomemos as atitudes certas, que nos levem a sermos mais e mais de Deus, e fazer com que Ele ganhe um lugar de excelência em nossa vida e na vida daqueles que amamos. Acaso não seria esse o nosso compromisso de batizados?
quarta-feira, 25 de março de 2009
O Sacramento da Penitência.
1. Eu, você, nós: todos somos pecadores!
“E se alguém disser que não tem pecado, é mentiroso e faz Deus mentiroso” (Cf. 1 Jo 1, 8)
Parece incrível, mas há gente que não se enxerga!
Não enxerga a terrível realidade do pecado que existe dentro de cada um de nós e em volta de nós. Vemos por aí: tanta injustiça, violência, miséria, fome, corrupção, lares destruídos, menores abandonados. E nos perguntamos: “Tudo isso não é fruto de pecado do egoísmo e da maldade dos homens?”.
Vejamos a nossa vida: quantas vezes nós também somos egoístas e fazemos obras contrárias ao Espírito Santo de Deus; quantas vezes deixamos de amar a Deus sobre todas as coisas, com todo o nosso coração, com todas as nossas forças e com todo o nosso entendimento; quantas vezes usamos mal os dons que Deus nos deu: a liberdade, a fé a capacidade de amar, o sexo, e etc.
Pecado não é só matar e roubar. Pecado é deixar de fazer por querer a vontade de Deus em pensamentos, palavras, atos e, sobretudo, em omissões!
2. O amor de Deus é maior e mais forte que nossos pecados:
Foi Jesus que nos revelou, com sua vida e com suas palavras, a bondade e a misericórdia de Deus Pai. Seu próprio nome, Jesus, quer dizer: “Aquele que vai salvar o seu povo do pecado”, (Cf. Mt 1,21). Ele é: “O médico que veio curar os pecadores e chamá-lo para o arrependimento” (Cf. Lc 5,31-32).
Quem lembra das atitudes de Jesus para com os pecadores?
Jesus era Implacável contra a hipocrisia dos fariseus, que não se enxergavam e se achavam os bons; Ele tinha uma bondade incrível com os pecadores que queriam mudar vida!
Lembram da atitude de Jesus com Zaqueu? (Cf. Lc 19, 1-10); E com aquela mulher apanhada em adultério? (Cf. Jo 8, 3-11); ou com Pedro que o traíra? (Cf. Lc 22, 54-62).
Nos três casos, o Evangelho diz que Jesus somente “olhou para eles.”. Ah, aquele olhar de Jesus: aquele olhar silencioso que penetrava fundo no coração! Aquele olhar amigo, que sabe compreender, que apela, que aponta novos caminhos, que perdoa!
O pecado: o meu, o seu, o nosso pecado, Ele perdoa! Ele é “O Cordeiro de Deus que tira todo o pecado do mundo” (Cf. Jo 1,29).
Toda a vida de Jesus foi para resgatar e perdoar, foi para trazer a Vida novamente ao pecador, e sua morte também. Suas últimas palavras lá na cruz, foram: “Pai perdoa a eles!” (Cf. Lc 23,34). Como nos relata São Paulo, Verdadeiramente “Ele morreu pelos nossos pecados!” (Cf. 1 Cor 15,3).
No dia da ressurreição, ao manifestar-se aos Apóstolos, Jesus lhes deu a paz e, depois, soprou sobre eles, dizendo: “Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados” (Cf. Jo 20,21-23).
Nasce assim o Sacramento da Confissão. Um sinal, uma prova do Amor, da Misericórdia e da Vontade que Deus tem sobre nós para que nos libertemos de nossas misérias e cheguemos por meio de sua Misericórdia, Amor e Perdão à Perfeição, à Santidade.
3. O que é mesmo Confissão?
O que, normalmente, o povo cristão e católico chama de "confissão" tem o nome de “Sacramento da Penitência”. “Penitência”, quer dizer “Conversão”, ou melhor: A Penitência leva à Conversão.
Converter-se é sair de uma situação de pecado para um jeito de viver conforme o Espírito de Cristo. A Conversão leva o pecador a dizer: “A vida que eu levo não está certa, eu vou mudar!”.
Celebrar ou participar do Sacramento da Penitência significa e concretiza na vida das pessoas a vontade de mudar, transfigura a conversão. E nisso, Jesus libertador está presente e nos diz como, um dia Ele disse a Zaqueu: “Hoje entrou o perdão e a paz no teu coração!”, da mesma forma Ele fala àqueles que o procuram nesse Sacramento.
E o sinal que pelo poder do Espírito de Cristo, nos reconcilia com Deus e com a Igreja é a Confissão, o Reconhecimento das nossas falhas e pecados.
Sim, quando pecamos, não só nos afastamos de Deus, como também da sua família, que é a Igreja. Sabemos que nem sempre é fácil confessar nossos pecados a um homem, que também é pecador, como todo mundo é. Mas lembremos que para Jesus não foi fácil sofrer e morrer pelos nossos pecados! E acreditemos: a conversão é algo profundamente humano que dá muita paz ao coração de quem a aceita!
Ao meu ver é até muito bom que o padre seja um homem, que também é pecador, como todo mundo: Já pensou se fosse um ser perfeito... Como poderia compreender nossas fraquezas? Sim, é bom ter um amigo cristão, que também luta para ser santo, alguém com quem possamos conversar profundamente e sem medo sobre a nossa vida, alguém que nos compreenda, alguém que possa nos apontar novos caminhos e, sobretudo, que possa (e só ele pode) dizer-nos: “Deus, Pai de Misericórdia, que pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a Remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
Ao dizer estas palavras, o sacerdote estende as mãos sobre nossa cabeça, como sinal de perdão e do abraço de Deus Pai, e, nós respondemos, com o coração puro e cheio de alegria. “Amém”.
Não devemos ter medo de nos “Confessar”, mas sim acreditar no poder e Misericórdia de Deus manifestado neste sacramento. Quantas vezes cairmos, tantas outras Deus estará com sua mão estendida disposto a nos levantar, nos limpar e não apontar o nosso pecado, mas nos amar.
A nossa Igreja é rica em sinais e nos possibilita esse contato com a Misericórdia do Senhor pelo Sacramento da Confissão. É O Espírito Santo de Amor que age na pessoa do Padre que nos Absolve e nos devolve a liberdade de filhos e filhas de Deus.
O Sacramento da Confissão é um encontro de Dois Corações: Um despedaçado e ferido pelo pecado, o outro grande e abundante, desejoso para amar e perdoar; quando os dois se encontram se unem, o coração ferido se cura e se restaura com o desejo de amor e perdão do outro coração e assim alcança mais um passo rumo à santidade.
Creiamos, a Misericórdia de Deus existe e quer nos alcançar! Quantas vezes forem necessárias, procuremos um sacerdote e nos confessemos. A confissão é o Remédio para nossas dificuldades, feridas, pecados e principalmente para as nossas almas.
Texto elaborado para a Catequese com Grupo de Crismandos (24.07.2004)
Paróquia São Pedro Apóstolo, Taboão da Serra.
Paróquia São Pedro Apóstolo, Taboão da Serra.
Obs.: Imagem retirada de http://blog.senhorbomjesus.org.br/2007/01/28/o-que-ha-de-errado-com-a-confissao-individual/
terça-feira, 24 de março de 2009
Conversão e Misericórdia
Muitas vezes e de diversos modos em nossa história nos deparamos com um grande, intenso e irrecusável convite de Deus para cada um de nós; O Senhor nos convida à Conversão, nos convida a vivermos e bebermos de sua misericórdia que é Infinita, diria SEM LIMITES!
Deus com seu Amor misericordioso nos convida dia após dia a mudarmos de vida, nos convida a deixarmos tudo para trás, a deixar tudo o que nos afasta de sua Misericórdia, nos dando assim a oportunidade para chegarmos à Santidade, à glória eterna.
O Amor e a Misericórdia do Senhor nos convidam constantemente a ouvir a sua Palavra, que traz para nós os meios e os caminhos necessários para a mudança e para o encontro pessoal com Ele.
Na Sagrada Escritura por diversas vezes percebemos Deus que convida o seu povo a ouvi-lo, a endireitar os seus caminhos e a mudarem o seu comportamento, a sua maneira de agir; e ao convida-los a isso, Deus promete morar com em seu meio. Percebemos que Deus convida o povo a uma mudança radical e total, e Ele mesmo nos diz que Vê tudo, que sabe de tudo.
Esse convite que Deus fez ao povo nos tempos biblicos, Ele também faz hoje a cada um de nós. Talvez não estejamos na mesma situação daquele povo, mas nós devemos aproveitar este tempo que vivemos e este momento para nos avaliar, ver como anda o nosso coração e a nossa vida diante da verdade, do nosso modo de agir e proceder, e sobretudo na prática do Amor ao próximo.
Talvez ninguém que leia este texto ou escute esta mensagem esteja oprimindo um órfão, uma viúva, um estrangeiro, ou derramando sangue inocente, roubando, matando, jurando falso, servindo a outros deuses literalmente, ao pé da letra. Mas e as nossas atitudes diante do mundo, como estão? Quantas e quantas vezes não fizemos tudo isso de diversas formas e nos apresentamos depois na casa de Deus querendo a Salvação sem mudar de vida, sem acertar, sem corrigir, sem se arrepender, sem ter buscado uma conversão sincera, profunda e íntima diante de Deus.
A Deus ninguém engana, a Deus ninguém faz de bobo, porque Ele vê e sabe de tudo! Ele podia muito bem nos julgar, nos condenar, nos esquecer, mas não! Ele nos dá a chance, a oportunidade, mil vezes se necessário for, para que possamos viver com Ele e Nele, limpos e imaculados, santos e irrepreensíveis. Deus prefere amar a condenar!
A conversão não se dá da noite para o Dia, mas a Misericórdia de Deus é Presente e Atuante todos os dias.
Não dá para sermos bons e maus ao mesmo tempo, não dá para brincarmos com a Misericórdia do Pai: Pecando hoje e pedindo perdão amanhã e no outro dia voltar no erro conscientemente e pedir perdão de novo e assim por diante.
Temos que nos colocar nos lugares dos semeadores apresentados no Evangelho, ou eu sou o semeador bom, ou eu sou o semeador mau. Claro que Deus prefere que sejamos todos bons, semeadores fiéis de seu Campo, de seu Reino, semeadores da verdade, justiça, paz, semeadores da sua Misericórdia. Mas, pelos nossos erros humanos acabamos sendo também os maus semeadores que semeiam a discórdia, a intriga, o egoísmo, a presunção, a ambição e tantas e tantas outras coisas e sentimentos que certamente não vem de Deus.
Infelizmente, o pecado faz parte da nossa realidade! Somos pecadores, limitados, errantes e precisamos muito da Misericórdia de Deus para acertarmos e caminharmos.
A conversão é um processo para toda a Vida. E é muito difícil não errar, por isso que Deus quer ser o bom semeador na nossa Vida e História. É Ele o grande agricultor e cultivador que lança a Semente da Vida que muitas vezes é misturada a Semente do joio, do pecado e do erro, sinais da nossa fraqueza humana.
Crescemos diante de Deus como trigo e joio, e Ele durante a nossa vida e caminhada vai podando e queimando o nosso joio para que nós possamos ser o seu trigo Santo e assim dar frutos depois de colhido, fazer germinar a vida depositada em nós através de nossos dons e talentos e assim viver a sua Misericórdia de maneira abundante e sensível.
A nossa imperfeição é natural da nossa humanidade, mas nós podemos almejar a perfeição: Basta ouvirmos o convite de Deus para mudarmos e assim vivermos com Ele, claro que isso não vai se dar do dia para noite, mas só vai acontecer a partir do momento em que cada um optar e não só optar, mas viver fielmente essa novidade de vida e esse convite de mudança diária.
Precisamos viver a nossa conversão dia após dia, sermos bons semeadores do Reino, comprometidos com a Misericórdia de Deus e empenhados em construir uma vida nova para nós mesmos e para os outros.
Nos lancemos na Misericórdia do Pai e deixemos que Ele nos conduza no Caminho rumo à Santidade.
Deus com seu Amor misericordioso nos convida dia após dia a mudarmos de vida, nos convida a deixarmos tudo para trás, a deixar tudo o que nos afasta de sua Misericórdia, nos dando assim a oportunidade para chegarmos à Santidade, à glória eterna.
O Amor e a Misericórdia do Senhor nos convidam constantemente a ouvir a sua Palavra, que traz para nós os meios e os caminhos necessários para a mudança e para o encontro pessoal com Ele.
Na Sagrada Escritura por diversas vezes percebemos Deus que convida o seu povo a ouvi-lo, a endireitar os seus caminhos e a mudarem o seu comportamento, a sua maneira de agir; e ao convida-los a isso, Deus promete morar com em seu meio. Percebemos que Deus convida o povo a uma mudança radical e total, e Ele mesmo nos diz que Vê tudo, que sabe de tudo.
Esse convite que Deus fez ao povo nos tempos biblicos, Ele também faz hoje a cada um de nós. Talvez não estejamos na mesma situação daquele povo, mas nós devemos aproveitar este tempo que vivemos e este momento para nos avaliar, ver como anda o nosso coração e a nossa vida diante da verdade, do nosso modo de agir e proceder, e sobretudo na prática do Amor ao próximo.
Talvez ninguém que leia este texto ou escute esta mensagem esteja oprimindo um órfão, uma viúva, um estrangeiro, ou derramando sangue inocente, roubando, matando, jurando falso, servindo a outros deuses literalmente, ao pé da letra. Mas e as nossas atitudes diante do mundo, como estão? Quantas e quantas vezes não fizemos tudo isso de diversas formas e nos apresentamos depois na casa de Deus querendo a Salvação sem mudar de vida, sem acertar, sem corrigir, sem se arrepender, sem ter buscado uma conversão sincera, profunda e íntima diante de Deus.
A Deus ninguém engana, a Deus ninguém faz de bobo, porque Ele vê e sabe de tudo! Ele podia muito bem nos julgar, nos condenar, nos esquecer, mas não! Ele nos dá a chance, a oportunidade, mil vezes se necessário for, para que possamos viver com Ele e Nele, limpos e imaculados, santos e irrepreensíveis. Deus prefere amar a condenar!
A conversão não se dá da noite para o Dia, mas a Misericórdia de Deus é Presente e Atuante todos os dias.
Não dá para sermos bons e maus ao mesmo tempo, não dá para brincarmos com a Misericórdia do Pai: Pecando hoje e pedindo perdão amanhã e no outro dia voltar no erro conscientemente e pedir perdão de novo e assim por diante.
Temos que nos colocar nos lugares dos semeadores apresentados no Evangelho, ou eu sou o semeador bom, ou eu sou o semeador mau. Claro que Deus prefere que sejamos todos bons, semeadores fiéis de seu Campo, de seu Reino, semeadores da verdade, justiça, paz, semeadores da sua Misericórdia. Mas, pelos nossos erros humanos acabamos sendo também os maus semeadores que semeiam a discórdia, a intriga, o egoísmo, a presunção, a ambição e tantas e tantas outras coisas e sentimentos que certamente não vem de Deus.
Infelizmente, o pecado faz parte da nossa realidade! Somos pecadores, limitados, errantes e precisamos muito da Misericórdia de Deus para acertarmos e caminharmos.
A conversão é um processo para toda a Vida. E é muito difícil não errar, por isso que Deus quer ser o bom semeador na nossa Vida e História. É Ele o grande agricultor e cultivador que lança a Semente da Vida que muitas vezes é misturada a Semente do joio, do pecado e do erro, sinais da nossa fraqueza humana.
Crescemos diante de Deus como trigo e joio, e Ele durante a nossa vida e caminhada vai podando e queimando o nosso joio para que nós possamos ser o seu trigo Santo e assim dar frutos depois de colhido, fazer germinar a vida depositada em nós através de nossos dons e talentos e assim viver a sua Misericórdia de maneira abundante e sensível.
A nossa imperfeição é natural da nossa humanidade, mas nós podemos almejar a perfeição: Basta ouvirmos o convite de Deus para mudarmos e assim vivermos com Ele, claro que isso não vai se dar do dia para noite, mas só vai acontecer a partir do momento em que cada um optar e não só optar, mas viver fielmente essa novidade de vida e esse convite de mudança diária.
Precisamos viver a nossa conversão dia após dia, sermos bons semeadores do Reino, comprometidos com a Misericórdia de Deus e empenhados em construir uma vida nova para nós mesmos e para os outros.
Nos lancemos na Misericórdia do Pai e deixemos que Ele nos conduza no Caminho rumo à Santidade.
Texto escrito para a Celebração do 2o. Dia do Triduo da Festa em honra de Santa Ana (24.07.2004) Paróquia São Bento - Com. Santa Ana.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Fala Senhor!
1. É bom recordar no hoje de nossa história de algo maravilhoso, uma alegria para a nossa vida e a nossa alma. Nos enchemos hoje desta grande alegria, pois Deus quer falar conosco, quer ter dialogar conosco seus filhos e filhas. Aliás, Ele fala a todo o momento com aqueles que se abrem à sua vontade.
Professamos a nossa fé em um Deus que é fiel, misericordioso, que não volta atrás de sua Palavra. Um Deus que não nos abandona, que continua a nos chamar e a se comunicar conosco através dos acontecimentos da nossa vida, desde o menor ao maior, à conversão e a obediência. E tudo que Ele pede em troca de nós, é a nossa sinceridade, a nossa vontade e disposição em estar em sua presença, cumprir a sua vontade e escutar a sua voz.
2. Deus fala conosco! E ele, Deus, nos dá a sua Palavra para nos dirigir, pois nos ama. E além de nos falar por meio dos acontecimentos do dia a dia, Ele também usa de “enviados”, para se comunicar conosco (Cf. II Cr 36,15).
Aqui nos questionamos. Nós ouvimos a voz de Deus ou a desprezamos? Damos atenção ou não àqueles enviados por Deus para nos comunicar a sua fala, a sua Palavra? (Cf. II Cr 36,16s.).
Vamos deixar de lado este questionamento, e continuar a nossa reflexão, procurando na mesma alguma resposta.
3. Deus tem desígnios para todos nós, e para entender os desígnios de Deus é preciso escutá-lo com o coração e com os ouvidos, é assim que Ele nos mostra a sua fidelidade, colocando sua graça, sua vida e seus planos em nossos caminhos. Ele fala, e nós somos convidados a responder. À Fidelidade de Deus, respondemos com nossa fidelidade que deve sempre ser renovada, por meio da nossa fé e escolhas.
Veja só que coisa maravilhosa: Ele, Deus, não falou somente aos personagens bíblicos, e ali parou de “falar”, Ele continua a nos falar! No entanto, como já dizemos, é preciso prestar atenção naquilo que Ele mesmo coloca em nossa vida, e é preciso também saber acolher a Palavra de Deus no hoje da nossa história.
4. Nos lembramos e somos lembrados constantemente de nossa realidade: nós somos pecadores, e como nos diz São Paulo, o pecado nos fez morrer, mas de Deus nós recebemos de novo a vida pelo Cristo Jesus, Salvador e Redentor (Cf. Ef 2, 5).
Outrora, Deus nos falou pelos antigos e pelos profetas, que transmitiram a sua Palavra boca a boca e depois pela Escrita. No entanto, com Jesus, Ele renova o modo de se comunicar com o homem, pois, em Jesus sua Palavra se encarna. Jesus é a Palavra de Deus viva, encarnada, Verbo eterno, que continua a ressoar em nossos ouvidos como doce, suave e ao mesmo tempo forte voz de Deus (Cf. Hb 1,1-2)
Deus falou e fala conosco, quando nos salvou e quando nos recordamos desta salvação que foi movida tão somente pelo seu amor. Ele nos fez ressuscitar com o Cristo Jesus e nos garantiu assim um lugar ao seu lado no céu, como continua a nos falar São Paulo, mostrou-nos a sua graça, e é por essa graça que somos salvos mediante a nossa fé. Portanto, a salvação não depende de nós, ela é dom de Deus, pois vem somente dele! (Cf. Ef 2,6-9).
5. No entanto, a nossa salvação custou um preço, e um preço alto, um preço de Sangue. Para isto, foi necessário que Jesus fosse levado à Cruz, morresse em nosso lugar, derramasse o seu Sangue e é impossível para aquele que crê nisto não ouvir a voz de Deus dizendo diante da Cruz do Cristo: “Foi por você, porque eu te amo com amor eterno!”.
Deus nos ama não com um amor humano, mas, com um amor que é só dele. Encontramos expressão deste Amor de Deus, naquela passagem do Evangelho de João, conhecida por todos nós: “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Não tem como não dizer que o amor de Deus é um amor que Salva, e a expressão deste amor é o Cristo Jesus: Ele veio para nos salvar!
Um pouco mais além neste mesmo capítulo do Evangelho de João, vemos duas coisas importantes. Primeiro, quem crê em Jesus, se aproxima da luz, vive longe das trevas e iluminado pela luz do próprio Cristo deixa transparecer as suas obras. Segundo, sem rodeios Jesus afirma, que quem crê nele está salvo, e quem não crê está condenado!
Não vejo isto de outra maneira, a não ser como voz de Deus a nos falar, que é preciso crer em Jesus e nele ter a vida eterna!
6. Deus continua a falar.
Hoje, num mundo abafado por um secularismo dilacerante de valores e ideologias anti-cristãs, Deus não parou de falar, embora, vivamos em uma realidade de uma sociedade que não se intitula mais cristã, que se diz laica, e assim quer calar a voz de Deus. Porém, trata-se de uma tentativa frustrada de calar a voz do Criador, pois Ele continua a falar nas comunidades cristãs, às vezes pequenas, que se reúnem em seu nome e são chamadas a ser profetas da diferença, e mais do que isso, são chamadas a ser voz de Deus em um mundo tão corrompido pelo egoísmo e por tantos valores distorcidos que tiram o olhar do homem do Cristo Jesus e seus ouvidos da Voz de Deus, inserindo os homens e mulheres de hoje não em um caminho para a vida, mas em uma cultura cruel de morte.
Nós ligamos nossos televisores, e só vemos tragédias de ordem natural e tantas outras provocadas pelos homens. Vemos choro, ranger de dentes, ódio, violência, falta de amor, caridade e perdão, polêmicas acerca de valores que nós cristãos somos convocados a conservar como a questão do sexo somente após o casamento e de nunca consentirmos que o aborto seja realizado em qualquer hipótese; e ainda somos obrigados a engolir dizeres que falam que a Igreja não tem caridade ou é injusta ao defender estas coisas, que vivemos no passado e que enquanto Igreja não podemos interferir na vida e nas escolhas das pessoas.
7. Deus saiu de cena? Está ausente? Onde Ele anda?
A impressão que temos é de que Deus nos abandonou. Porém, a verdade é que Ele está mais próximo do que nós imaginamos, mesmo diante desta realidade perversa que nos circunda. Ele está presente e age poderosamente levantando homens e mulheres de coragem e de fé, que se empenham em fazer com que a sua voz permaneça viva nas mentes e nos corações.
Nós, em nossa geração atual, tivemos a oportunidade de testemunhar a vida e obra de dois gigantes, só para citarmos exemplos desta intervenção de Deus.
O primeiro, João Paulo II, o Papa da Paz, que fez tudo que pôde para reunir aqueles que crêem em Deus e em seu Filho Jesus pelos laços que nos faz ser um único Povo criado por um único Deus. Quando faleceu e parecia que tinha fracassado, o impensável aconteceu, praticamente todas as nações e religiões se reuniram em torno de seu corpo sem vida em Roma, para celebrar a vida de um homem que viveu para proclamar a paz de Deus e a unidade por Ele tão querida. Ao meu ver, este momento foi uma epifania, ou até mesmo uma profecia, daquilo que irá acontecer nos próximos tempos, isto se o homem abrir verdadeiramente sua vida à voz de Deus, e não tentar muda-la, moldando-a às suas próprias convicções.
Lembramos também de Madre Teresa de Calcutá, que diante da pobreza e da morte literalmente falando na Índia, fez a diferença e lançou-se em uma obra sem precedentes, sem estrutura, desacreditada por muitos e que tem colhido muitos frutos para o Reino, para a surpresa de todos.
Quem pode dizer que João Paulo II, Madre Teresa e tantos outros não foram verdadeiramente voz de Deus na humanidade?
8. Podemos citar aqui ainda, o Papa Bento XVI, que com coragem e certamente impulsionado pelo Espírito, em pleno século XXI, diante de tanta polêmica acerca do aborto e da aids, em visita à África neste ano de 2009, denunciou e condenou à viva voz o uso da camisinha, dizendo que ela não é solução, mas, parte do problema no caso da aids no país, e ainda condenando veemente o aborto, defendendo o direito a vida antes de tudo. Aqui, eu me pergunto: “Não seria esta uma das formas da voz de Deus ecoar em nossos ouvidos hoje?”.
A resposta da sociedade para esta posição do Papa foi imediata: “O papa é cruel, o papa não tem caridade, ele é desumano”. Isso porque uma sociedade “laica” acha, porque não acredita, somente acha, que as coisas se resolvem assim facilmente, e não se dá conta de que uma camisinha não é suficiente para impedir a contaminação pela aids e que “legalizando o aborto” só se resolve um “problema de percurso”, esquecendo-se que esta “solução” é responsável por milhares e milhares de milhares de assassinatos “legais” em todo o mundo, porque simplesmente é um direito da mulher decidir se quer ou não prejudicar o seu corpo, trazendo nele um novo ser. Não seria de Deus o direito de decidir sobre a vida? E o que é pior ainda, muitos que se dizem católicos são a favor do aborto, mas, isto é pauta para outra reflexão.
9. Pois bem, voltamos ao questionamento primeiro desta reflexão. Ouvimos a voz dos “enviados” de Deus, como voz de Deus mesmo ou as desprezamos? Deus nos fala de diversas maneiras: na Igreja, na Palavra, na Eucaristia, e por meio dos seus representantes, nossos lideres espirituais, nossos pais, nossos superiores. Estes são, nós querendo ou não, os enviados de Deus, a quem Ele “empresta a sua voz” para conosco dialogar. Será que se quisermos viver debaixo da vontade de Deus, não deveríamos dar atenção à sua voz por meio destes? Deste modo – ouvindo – a nossa fé se torna mais madura, responsável e consciente em relação a todas estas questões.
Porém, temos que ser francos e afirmar que a realidade do homem em relação à escuta é diferente desta exposta aqui.
10. A realidade é que o homem de hoje, mal ouve a voz do seu semelhante, e por isso, não se interessa pela voz de Deus, e quando Deus quer falar, abafa a voz do Criador, a distorce, faz com que a sua própria voz esteja acima da voz de Deus. E ai, acontece o que acompanhamos dia após dia em nossas vidas: Deus vai perdendo pouco a pouco o seu lugar na vida e na história da humanidade.
No entanto, Deus nos surpreende. Mesmo diante desta realidade tão triste, Ele continua a amar não só aqueles que seguem a sua voz, mas também àqueles que fogem ou se escondem dela. Deus nos ama como somente Ele pode amar, e por esse amor quer falar conosco, ter contato, intimidade. Ele nos busca. Muitas vezes nos escondemos ou fugimos, mas, Deus não se cansa de nos procurar, pois Ele quer estar perto de nós.
Temos um Deus próximo de nós, e Ele quer ouvir a nossa voz lhe dizer: Fala Senhor! Com os ouvidos e o coração disposto, deixemos Deus falar em nossas vidas, deixemos-o ser Rei e Centro de nossos corações. E nos alegremos, pois Ele vive e está no meio de nós, e continua a nos falar, nos convocando a sermos porta-voz do seu Reino e do seu Plano de Amor.
Ele é a nossa única esperança!
Fala Senhor! Precisamos ouvir sua voz!
Texto escrito para a Celebração do 4o. Domingo da Quaresma (22.03.2009 - Ano B)
Paróquia Todos os Santos - Com. Santa Emília
Paróquia Todos os Santos - Com. Santa Emília
sábado, 21 de março de 2009
A Misericórdia de Deus apaga as nossas faltas e nos leva à plenitude da Vida.
Ao ler o trecho de Ezequiel 18, 21-28, percebemos que Deus é puramente misericórdia, perdão e amor. “Se o ímpio se arrepender de todos os pecados cometidos, guardar todas as minhas leis e fizer o que é direito e justo, viverá com certeza e não morrerá” (v. 21).
A vida de Deus em nós se manifesta justamente nos nossos atos, e principalmente na nossa adesão a Ele, quando nós saímos das nossas fraquezas, ou melhor, as reconhecemos, e voltamos o nosso Coração a Ele. Se arrepender dos pecados, é ressuscitar o coração e caminhar no caminho justo de Deus.
A Misericórdia de Deus apaga as nossas faltas e nos leva a plenitude de vida.
Quando nos arrependemos das nossas faltas, Deus esquece o mal cometido, pois, Ele deseja em primeiro lugar a vida de todos os seus filho e não a morte. Porém, devemos sempre observar aquilo que Deus quer de nós, nos esforçarmos para vencermos as nossas limitações, o pecado e os atos maus que muitas vezes somos influenciados a cometer.
Se mantivermos a nossa vida na infidelidade a Deus, não poderemos viver a vida de Deus, mas acabaremos comprando a nossa morte por tais atos. Afinal, Deus é sempre fiel, quem é infiel e injusto, é sempre o homem, que muitas vezes não se abre a graça e ao Amor de Deus.
Para conservar a vida, precisamos sim nos arrepender e caminhar na integridade. Todos nós precisamos nos lembrar diariamente disso, procurar os meios necessários, para fazer a devida manutenção da nossa vida em Deus, para que não morramos e sim vivamos. Por isso, é necessário participar das Missas, momentos celebrativos que a Igreja nos oferece, e, sobretudo nos encontrarmos com a Misericórdia de Deus no Sacramento da Penitência, confessando humildemente os nossos pecados, pois foi, para ganharmos a salvação e caminharmos rumo à Vida eterna que Deus nos deu esse presente.
São Pio de Pieltrecina já dizia que no confessionário se entra morto e sai ressuscitado. O pecado é morte, é ausência de Deus, e para aqueles que são Filhos de Deus, ouvem a sua mensagem e procuram viver segundo aquilo que Deus diz, não se pode permanecer nas trevas do pecado, mas sim, no caminho da justiça e no reconhecimento das próprias faltas.
E é por isso que Jesus nos adverte no Evangelho que devemos ter condutas favoráveis que nos levem a viver a justiça, e não qualquer justiça, mas uma justiça integra e são que reflita em nós a necessidade diária de reconciliação com Deus e com os irmãos. (Cf. Mateus 5, 20-26).
Temos que ter claro nas nossas mentes e corações que seremos julgados conforme aquilo que fizermos nesta vida. Por isso, que ao oferecer a nossa vida e tudo aquilo que somos no altar de Deus, precisamos antes, compreender o amor e nos reconciliar conosco, com Deus e com os nossos irmãos.
Assim, colocamos não só a nossa vida no altar, mas o desejo de viver a Vida de Deus e a sua Misericórdia, e também a vida daqueles, que podem ter sido feridos pela nossa conduta. Dessa maneira, por meio da reconciliação e reconhecimento de que somos falhos, chegaremos ao céu, e seremos dignos de oferecer a nossa vida no Altar de Deus, para que se manifeste em nós o seu amor, e assim estarmos prontos para continuar seguindo no caminho de justiça.
Lembremos sempre das palavras de João que nos diz que só é possível amar a Deus se amarmos também os nossos irmãos, pois só quem ama chega ao conhecimento de Deus. (Cf. I João 4, 7-21). É o Amor que nos leva ao perdão, é o Amor que nos traz a consumação da Salvação!.
A vida de Deus em nós se manifesta justamente nos nossos atos, e principalmente na nossa adesão a Ele, quando nós saímos das nossas fraquezas, ou melhor, as reconhecemos, e voltamos o nosso Coração a Ele. Se arrepender dos pecados, é ressuscitar o coração e caminhar no caminho justo de Deus.
A Misericórdia de Deus apaga as nossas faltas e nos leva a plenitude de vida.
Quando nos arrependemos das nossas faltas, Deus esquece o mal cometido, pois, Ele deseja em primeiro lugar a vida de todos os seus filho e não a morte. Porém, devemos sempre observar aquilo que Deus quer de nós, nos esforçarmos para vencermos as nossas limitações, o pecado e os atos maus que muitas vezes somos influenciados a cometer.
Se mantivermos a nossa vida na infidelidade a Deus, não poderemos viver a vida de Deus, mas acabaremos comprando a nossa morte por tais atos. Afinal, Deus é sempre fiel, quem é infiel e injusto, é sempre o homem, que muitas vezes não se abre a graça e ao Amor de Deus.
Para conservar a vida, precisamos sim nos arrepender e caminhar na integridade. Todos nós precisamos nos lembrar diariamente disso, procurar os meios necessários, para fazer a devida manutenção da nossa vida em Deus, para que não morramos e sim vivamos. Por isso, é necessário participar das Missas, momentos celebrativos que a Igreja nos oferece, e, sobretudo nos encontrarmos com a Misericórdia de Deus no Sacramento da Penitência, confessando humildemente os nossos pecados, pois foi, para ganharmos a salvação e caminharmos rumo à Vida eterna que Deus nos deu esse presente.
São Pio de Pieltrecina já dizia que no confessionário se entra morto e sai ressuscitado. O pecado é morte, é ausência de Deus, e para aqueles que são Filhos de Deus, ouvem a sua mensagem e procuram viver segundo aquilo que Deus diz, não se pode permanecer nas trevas do pecado, mas sim, no caminho da justiça e no reconhecimento das próprias faltas.
E é por isso que Jesus nos adverte no Evangelho que devemos ter condutas favoráveis que nos levem a viver a justiça, e não qualquer justiça, mas uma justiça integra e são que reflita em nós a necessidade diária de reconciliação com Deus e com os irmãos. (Cf. Mateus 5, 20-26).
Temos que ter claro nas nossas mentes e corações que seremos julgados conforme aquilo que fizermos nesta vida. Por isso, que ao oferecer a nossa vida e tudo aquilo que somos no altar de Deus, precisamos antes, compreender o amor e nos reconciliar conosco, com Deus e com os nossos irmãos.
Assim, colocamos não só a nossa vida no altar, mas o desejo de viver a Vida de Deus e a sua Misericórdia, e também a vida daqueles, que podem ter sido feridos pela nossa conduta. Dessa maneira, por meio da reconciliação e reconhecimento de que somos falhos, chegaremos ao céu, e seremos dignos de oferecer a nossa vida no Altar de Deus, para que se manifeste em nós o seu amor, e assim estarmos prontos para continuar seguindo no caminho de justiça.
Lembremos sempre das palavras de João que nos diz que só é possível amar a Deus se amarmos também os nossos irmãos, pois só quem ama chega ao conhecimento de Deus. (Cf. I João 4, 7-21). É o Amor que nos leva ao perdão, é o Amor que nos traz a consumação da Salvação!.
Texto escrito para a Celebração da Sexta Feira da 1ª. Semana da Quaresma (02/03/07)
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Com. N. Sra. Aparecida.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Os Dez Mandamentos do Papa Bento XVI
Galera, fuçando a internet, rsrs... Achei este post no seguinte blog: http://diasimdiatambem.wordpress.com/, e gostei muito, e "resorvi" postar aqui no meu cantinho também! Deus sempre abençoe a todos!
Obs.: Imagem retirada de http://blog.cancaonova.com/fatimahoje/2008/03/
Mandamentos do Papa Bento XVI
I - Não praticarás corrupção
Quem assume liderança na sociedade, diz o Papa, deve buscar bem comum, não “ganâncias pessoais”.
II - Não seguirás seitas
O Papa atacou “proselitismo agressivo” das seitas, que seduzem as pessoas facilmente influenciáveis.
O Papa atacou “proselitismo agressivo” das seitas, que seduzem as pessoas facilmente influenciáveis.
III - Pregarás o evangelho
O pontífice cobrou empenho da Igreja na pregação da palavra de Deus e na busca de novos fiéis.
O pontífice cobrou empenho da Igreja na pregação da palavra de Deus e na busca de novos fiéis.
IV - Serás fiel ao celibato
O celibato sacerdotal é um dom da Igreja. É preciso fortalecer o espírito para fugir dos desvios sexuais.
O celibato sacerdotal é um dom da Igreja. É preciso fortalecer o espírito para fugir dos desvios sexuais.
V - Condenarás uniões livres
O Papa diz que vida dos casais atravessa momento de “confusão desnorteadora” e critica o hedonismo.
O Papa diz que vida dos casais atravessa momento de “confusão desnorteadora” e critica o hedonismo.
VI - Não pedirás o divórcio
O fim do casamento é uma chaga que precisa ser combatida, afirma Bento XVI.
O fim do casamento é uma chaga que precisa ser combatida, afirma Bento XVI.
VII -Não ridicularizarás o matrimônio
Bento XVI criticou a mídia que ironiza a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento.
Bento XVI criticou a mídia que ironiza a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento.
VIII - Não apoiarás o aborto
Bento XVI chegou a declarar apoio à excomunhão de políticos favoráveis à prática, como no México.
Bento XVI chegou a declarar apoio à excomunhão de políticos favoráveis à prática, como no México.
IX - Não “ficarás”
No encontro com jovens, Bento XVI defendeu a castidade e a volta do namoro e do noivado.
No encontro com jovens, Bento XVI defendeu a castidade e a volta do namoro e do noivado.
X - Preservarás a castidade
Além de pedir aos jovens que valorizem a fidelidade, o Papa cobrou castidade dentro e fora do casamento.
Além de pedir aos jovens que valorizem a fidelidade, o Papa cobrou castidade dentro e fora do casamento.
Obs.: Imagem retirada de http://blog.cancaonova.com/fatimahoje/2008/03/
Mandamentos: Caminho de Liberdade!
1. “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da escravidão” (Ex 20,1-17).
O nosso Deus é um Deus libertador. O único Deus que podemos ter e o único também que tem o poder de nos libertar (Cf. Ex 20,3-5). Aquele que é misericordioso com os que o amam e seguem os seus preceitos (Cf. Ex 20,6). Estamos falando de um Deus que quer ver seus filhos e filhas livres ao seguirem a sua lei, lei que Ele nos dá em forma de mandamentos.
Talvez nos pareça estranho, um Deus que se diz libertador, nos querer livres ao mesmo tempo em que nos impõe mandamentos. Mas, de fato, com os mandamentos, expressão de sua lei, ele nos leva a sermos verdadeiramente livres, desapegados de nossas paixões e vícios, se cumprirmos fielmente àquilo que Ele nos indica.
2. O livro do Êxodo nos apresenta os “Dez Mandamentos” (Cf. Ex 20.7-17), que nós bem conhecemos ou deveríamos conhecer, uma vez que os aprendemos na fase da catequese preparatória para a primeira comunhão.
Eles são preceitos de Deus, que devem ser guardados por toda a nossa vida.
Vamos então, relembrar resumidamente a nossa catequese sobre os “Dez Mandamentos”?
3. Os Dez Mandamentos da Lei de Deus
• Primeiro Mandamento: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS!
O mandamento nos recomenda a Amá-lo de fato sobre todas as coisas, ou seja, não trocar Deus por qualquer artigo de luxo que se apresente à nossa frente! Quem ama a Deus, o ama de todo coração, de toda alma e de todo entendimento.
• Segundo Mandamento: NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO!
O nome de Deus é Santo, e quantas vezes nos esquecemos disso? É preciso pronunciá-lo com docilidade, com respeito, com reverência e adoração.
• Terceiro Mandamento: GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA!
Infelizmente qualquer coisa que se julgue suficiente e mais importante que a Missa, nos impede de ir à Igreja. O mandamento nos motiva a ter zelo pela casa e pelas maravilhas de Deus atualizadas no que a Liturgia celebra hoje.
• Quarto Mandamento: HONRAR PAI E MÃE!
Feliz é aquele que vê em seus pais o reflexo do próprio Deus, por isso os filhos são chamados a honrar os seus pais, e vem acompanhado de uma promessa que vemos na carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 1, versículos 6 em diante que “Aqueles que honram seus pais, terão vida longa sobre a terra”; porém, quantos ainda os maltratam, os jogam em asilos frios, não os valorizam e até mesmo tiram a vida de seus pais como vemos nos meios de comunicação. O quarto mandamento da lei de Deus torna-se hoje um grito de denúncia e de apelo para que a sociedade veja a família mais uma vez como “Presença de Deus no mundo” e não como sinal de exclusão e de morte.
• Quinto Mandamento: NÃO MATAR!
A vida é o dom mais precioso de Deus, e só cabe a este dá-la ou ceifá-la. No entanto, não se mata somente tirando a vida do próximo, se mata também por meio de calúnias, mentiras e fofocas. Se minha boca não é capaz de amar ou honrar o irmão, que ela se cale!
• Sexto Mandamento: NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE!
Nosso corpo é templo do Espírito Santo de Deus, portanto, é chamado a ser puro e santo. Quem o conserva assim? Eu! Logo, sou chamado a evitar o máximo às tentações da carne, para que eu me sinta verdadeiramente livre e não prisioneiro do próprio corpo.
• Sétimo Mandamento: NÃO FURTAR!
O que dignifica o homem é o trabalho, e Deus certamente o abençoa com os bens diante de seu esforço. Será justo roubar o fruto do trabalho de alguém?
• Oitavo Mandamento: NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO!
Toda e qualquer pessoa tem o direito de gozar de sua boa fama. De novo, dizemos: se não consigo honrar alguém com minhas palavras, que eu me cale, e não o fira com mentiras e falsidades!
• Nono Mandamento: NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO, OU O HOMEM DA PRÓXIMA!
O mandamento convida àqueles que pretendem unir-se em matrimônio a guardar a castidade, e, sobretudo, a respeitar aquele ou aquela com quem vão viver. Isto se chama respeito, se chama amor, e não qualquer amor, mais o amor de Deus que uniu ou irá unir duas pessoas.
• Décimo Mandamento: NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS!
O último mandamento vai nos alertar sobre a inveja, um verdadeiro câncer presente na história da humanidade, que nos leva a cobiçar ou desejar o que é do outro, levando até a morte muito facilmente, uma vez que a inveja leva o homem a querer até mesmo estar no lugar do outro, ou pior, ser o outro.
4. Depois deste olhar catequético sobre os mandamentos da Lei de Deus, podemos agora vê-los da seguinte forma: Eles são “leis”, e a lei aqui, sendo de Deus, é sinal da Aliança dele com a humanidade, e que é fundamental na Salvação do gênero humano. Os mandamentos são intervenção de Deus na vida do homem para que ele olhe para a sua vida e se renda a Salvação oferecida por Deus. Mais do que isso, os Mandamentos são Palavra de Deus que cobre todo o campo religioso e moral da vida de alguém, tornando-se assim para o homem que neles crê e os cumpre caminho pleno de liberdade.
Deus Pai ao nos dar os mandamentos age como o “Divino Legislador” e nos dá a lei não como obrigação, mas como dom da sua vontade! “A lei é mais do que uma imposição, ela é um dom!” Ou seja, a lei é Palavra de Deus que espera resposta, é fonte de bênção para quem é fiel a ela, é preço de resgate da escravidão, é meio de crescimento, é caminho da comunhão com Deus.
5. Certamente Deus não queria a sua lei cheia de formalidades e preceitos a serem cumpridos por meio de normas e ritos e mais blá-blá-blás, que levasse o homem tão somente a exterioridades. Ele quis uma lei que tivesse por base o amor, que fosse interior, ou seja, estivesse presente no coração do homem e o levasse a ter um diálogo de amor sincero com o seu Criador.
Neste ponto aparece Jesus como “um novo legislador”, que não muda uma vírgula da lei de Deus e daquilo que o povo viveu seguindo esta lei, mas dá a ela um novo sentido, o sentido que Deus o quis primeiro.
O Cristo Jesus que se revela pela sua cruz como poder e sabedoria de Deus (Cf. I Cor 1,22-25), resume toda a lei do Pai de dez para dois mandamentos, e usa como base aquilo que Ele pregou durante toda a sua vida, o Amor – desejo de Deus para o cumprimento de sua lei por parte de seus filhos e filhas.
Como nos ensina o Evangelho e o Catecismo da Igreja, Cristo resume os dez mandamentos da seguinte forma: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento (1º, 2º e 3º Mandamentos); Amarás o próximo como a ti mesmo (4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º Mandamentos)” (Cf. Mt 22,38-39).
Podemos nos perguntar: Porque Jesus faz isto? Porque Ele assim como o Pai nos quer livres!
Para o Filho de Deus o que importa é a liberdade e não a lei por si mesma. Liberdade que vai levar àqueles que ouvem a lei e a guardam em seu coração ao serviço do Reino, a tornar-se como Jesus, um “Servo por amor” e não “servo por causa da letra”.
6. Com isto, entendemos que os mandamentos nos ensinam, sobretudo, a fidelidade de Deus! Deus é fiel, o homem nem tanto! A nossa fé e fidelidade exigem de nós coragem. Quem ama os mandamentos ou a lei de Deus, ama a Deus e as coisas de Deus, busca e quer beber da sua fidelidade, vai ao seu encontro, sobretudo em sua casa, a Igreja “Templo”, lugar de encontro.
Diante disto, o zelo pela casa de Deus nos consome? Temos a mesma coragem de Jesus, ou deixamos com que os vendilhões e aqueles que não respeitam a Deus e os seus mandamentos habitem em sua casa? Como nos posicionamos: somos vendilhões ou amantes da casa de Deus? (Cf. Jo 2,13-17)
Afirmo mais uma vez: A nossa fé exige coragem! Coragem para romper com tudo aquilo que nos afasta da Lei e do Amor de Deus.
Hoje, ao celebrarmos a Eucaristia, (na casa de Deus, diga-se de passagem) vemos sob a aparência do pão e do vinho, a atualização dos Dez Mandamentos, no Corpo e no Sangue do Senhor Jesus. Isto acontece porque Deus é fiel em sua Palavra e jamais volta atrás em suas promessas.
7. E nós, mesmo diante desta realidade grandiosa e maravilhosa, tantas vezes nos portamos como “farisaicos” com as leis de Deus, pois a Missa se reduz a uma visita apressada; as peregrinações aos lugares santos e de testemunho da fé tornam-se passeios turísticos; fazemos atos de caridade e nos propomos a nos converter apenas uma vez por ano, por ocasião da Quaresma; confessamo-nos quando aparece um tempo, e por ai vai. Perdeu-se em meio a esta loucura que vivemos no século XXI, o amor e o temor pela Lei de Deus.
É preciso que nos lembremos que nós iremos ser julgados conforme a Lei do Amor, que é o Mandamento de Cristo, nosso Salvador. O “medidor” do nosso julgamento diante de Deus, naquele dia feliz que o iremos encontrar face a face, será o quanto nós amamos suas leis e sua Palavra.
8. Portanto, é tempo de abrir os ouvidos ao chamado de Cristo, que nos comunica a Lei de Deus resumida na lei do seu Amor. A lei humana tem um inicio e tem um fim; a lei de Deus não! A Lei de Deus é regida pelo amor e para o amor não existe um “basta”, não existe limites, ele é sem fim!
Confortados pela misericórdia de Deus nos lembremos sempre de que “A Lei do Senhor Deus é perfeita, um conforto para a alma, palavras de Vida eterna, testemunho fiel, sabedoria dos humildes, precisa, alegria ao coração, brilhante, para os olhos luz, pura, imutável, correta, justa, desejável, palavra mais doce que o mel” (Cf. Sl 18,8-11).
Se quisermos ser verdadeiramente livres, somente a “Lei do Senhor” nos libertará!
O nosso Deus é um Deus libertador. O único Deus que podemos ter e o único também que tem o poder de nos libertar (Cf. Ex 20,3-5). Aquele que é misericordioso com os que o amam e seguem os seus preceitos (Cf. Ex 20,6). Estamos falando de um Deus que quer ver seus filhos e filhas livres ao seguirem a sua lei, lei que Ele nos dá em forma de mandamentos.
Talvez nos pareça estranho, um Deus que se diz libertador, nos querer livres ao mesmo tempo em que nos impõe mandamentos. Mas, de fato, com os mandamentos, expressão de sua lei, ele nos leva a sermos verdadeiramente livres, desapegados de nossas paixões e vícios, se cumprirmos fielmente àquilo que Ele nos indica.
2. O livro do Êxodo nos apresenta os “Dez Mandamentos” (Cf. Ex 20.7-17), que nós bem conhecemos ou deveríamos conhecer, uma vez que os aprendemos na fase da catequese preparatória para a primeira comunhão.
Eles são preceitos de Deus, que devem ser guardados por toda a nossa vida.
Vamos então, relembrar resumidamente a nossa catequese sobre os “Dez Mandamentos”?
3. Os Dez Mandamentos da Lei de Deus
• Primeiro Mandamento: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS!
O mandamento nos recomenda a Amá-lo de fato sobre todas as coisas, ou seja, não trocar Deus por qualquer artigo de luxo que se apresente à nossa frente! Quem ama a Deus, o ama de todo coração, de toda alma e de todo entendimento.
• Segundo Mandamento: NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO!
O nome de Deus é Santo, e quantas vezes nos esquecemos disso? É preciso pronunciá-lo com docilidade, com respeito, com reverência e adoração.
• Terceiro Mandamento: GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA!
Infelizmente qualquer coisa que se julgue suficiente e mais importante que a Missa, nos impede de ir à Igreja. O mandamento nos motiva a ter zelo pela casa e pelas maravilhas de Deus atualizadas no que a Liturgia celebra hoje.
• Quarto Mandamento: HONRAR PAI E MÃE!
Feliz é aquele que vê em seus pais o reflexo do próprio Deus, por isso os filhos são chamados a honrar os seus pais, e vem acompanhado de uma promessa que vemos na carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 1, versículos 6 em diante que “Aqueles que honram seus pais, terão vida longa sobre a terra”; porém, quantos ainda os maltratam, os jogam em asilos frios, não os valorizam e até mesmo tiram a vida de seus pais como vemos nos meios de comunicação. O quarto mandamento da lei de Deus torna-se hoje um grito de denúncia e de apelo para que a sociedade veja a família mais uma vez como “Presença de Deus no mundo” e não como sinal de exclusão e de morte.
• Quinto Mandamento: NÃO MATAR!
A vida é o dom mais precioso de Deus, e só cabe a este dá-la ou ceifá-la. No entanto, não se mata somente tirando a vida do próximo, se mata também por meio de calúnias, mentiras e fofocas. Se minha boca não é capaz de amar ou honrar o irmão, que ela se cale!
• Sexto Mandamento: NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE!
Nosso corpo é templo do Espírito Santo de Deus, portanto, é chamado a ser puro e santo. Quem o conserva assim? Eu! Logo, sou chamado a evitar o máximo às tentações da carne, para que eu me sinta verdadeiramente livre e não prisioneiro do próprio corpo.
• Sétimo Mandamento: NÃO FURTAR!
O que dignifica o homem é o trabalho, e Deus certamente o abençoa com os bens diante de seu esforço. Será justo roubar o fruto do trabalho de alguém?
• Oitavo Mandamento: NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO!
Toda e qualquer pessoa tem o direito de gozar de sua boa fama. De novo, dizemos: se não consigo honrar alguém com minhas palavras, que eu me cale, e não o fira com mentiras e falsidades!
• Nono Mandamento: NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO, OU O HOMEM DA PRÓXIMA!
O mandamento convida àqueles que pretendem unir-se em matrimônio a guardar a castidade, e, sobretudo, a respeitar aquele ou aquela com quem vão viver. Isto se chama respeito, se chama amor, e não qualquer amor, mais o amor de Deus que uniu ou irá unir duas pessoas.
• Décimo Mandamento: NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS!
O último mandamento vai nos alertar sobre a inveja, um verdadeiro câncer presente na história da humanidade, que nos leva a cobiçar ou desejar o que é do outro, levando até a morte muito facilmente, uma vez que a inveja leva o homem a querer até mesmo estar no lugar do outro, ou pior, ser o outro.
4. Depois deste olhar catequético sobre os mandamentos da Lei de Deus, podemos agora vê-los da seguinte forma: Eles são “leis”, e a lei aqui, sendo de Deus, é sinal da Aliança dele com a humanidade, e que é fundamental na Salvação do gênero humano. Os mandamentos são intervenção de Deus na vida do homem para que ele olhe para a sua vida e se renda a Salvação oferecida por Deus. Mais do que isso, os Mandamentos são Palavra de Deus que cobre todo o campo religioso e moral da vida de alguém, tornando-se assim para o homem que neles crê e os cumpre caminho pleno de liberdade.
Deus Pai ao nos dar os mandamentos age como o “Divino Legislador” e nos dá a lei não como obrigação, mas como dom da sua vontade! “A lei é mais do que uma imposição, ela é um dom!” Ou seja, a lei é Palavra de Deus que espera resposta, é fonte de bênção para quem é fiel a ela, é preço de resgate da escravidão, é meio de crescimento, é caminho da comunhão com Deus.
5. Certamente Deus não queria a sua lei cheia de formalidades e preceitos a serem cumpridos por meio de normas e ritos e mais blá-blá-blás, que levasse o homem tão somente a exterioridades. Ele quis uma lei que tivesse por base o amor, que fosse interior, ou seja, estivesse presente no coração do homem e o levasse a ter um diálogo de amor sincero com o seu Criador.
Neste ponto aparece Jesus como “um novo legislador”, que não muda uma vírgula da lei de Deus e daquilo que o povo viveu seguindo esta lei, mas dá a ela um novo sentido, o sentido que Deus o quis primeiro.
O Cristo Jesus que se revela pela sua cruz como poder e sabedoria de Deus (Cf. I Cor 1,22-25), resume toda a lei do Pai de dez para dois mandamentos, e usa como base aquilo que Ele pregou durante toda a sua vida, o Amor – desejo de Deus para o cumprimento de sua lei por parte de seus filhos e filhas.
Como nos ensina o Evangelho e o Catecismo da Igreja, Cristo resume os dez mandamentos da seguinte forma: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento (1º, 2º e 3º Mandamentos); Amarás o próximo como a ti mesmo (4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º Mandamentos)” (Cf. Mt 22,38-39).
Podemos nos perguntar: Porque Jesus faz isto? Porque Ele assim como o Pai nos quer livres!
Para o Filho de Deus o que importa é a liberdade e não a lei por si mesma. Liberdade que vai levar àqueles que ouvem a lei e a guardam em seu coração ao serviço do Reino, a tornar-se como Jesus, um “Servo por amor” e não “servo por causa da letra”.
6. Com isto, entendemos que os mandamentos nos ensinam, sobretudo, a fidelidade de Deus! Deus é fiel, o homem nem tanto! A nossa fé e fidelidade exigem de nós coragem. Quem ama os mandamentos ou a lei de Deus, ama a Deus e as coisas de Deus, busca e quer beber da sua fidelidade, vai ao seu encontro, sobretudo em sua casa, a Igreja “Templo”, lugar de encontro.
Diante disto, o zelo pela casa de Deus nos consome? Temos a mesma coragem de Jesus, ou deixamos com que os vendilhões e aqueles que não respeitam a Deus e os seus mandamentos habitem em sua casa? Como nos posicionamos: somos vendilhões ou amantes da casa de Deus? (Cf. Jo 2,13-17)
Afirmo mais uma vez: A nossa fé exige coragem! Coragem para romper com tudo aquilo que nos afasta da Lei e do Amor de Deus.
Hoje, ao celebrarmos a Eucaristia, (na casa de Deus, diga-se de passagem) vemos sob a aparência do pão e do vinho, a atualização dos Dez Mandamentos, no Corpo e no Sangue do Senhor Jesus. Isto acontece porque Deus é fiel em sua Palavra e jamais volta atrás em suas promessas.
7. E nós, mesmo diante desta realidade grandiosa e maravilhosa, tantas vezes nos portamos como “farisaicos” com as leis de Deus, pois a Missa se reduz a uma visita apressada; as peregrinações aos lugares santos e de testemunho da fé tornam-se passeios turísticos; fazemos atos de caridade e nos propomos a nos converter apenas uma vez por ano, por ocasião da Quaresma; confessamo-nos quando aparece um tempo, e por ai vai. Perdeu-se em meio a esta loucura que vivemos no século XXI, o amor e o temor pela Lei de Deus.
É preciso que nos lembremos que nós iremos ser julgados conforme a Lei do Amor, que é o Mandamento de Cristo, nosso Salvador. O “medidor” do nosso julgamento diante de Deus, naquele dia feliz que o iremos encontrar face a face, será o quanto nós amamos suas leis e sua Palavra.
8. Portanto, é tempo de abrir os ouvidos ao chamado de Cristo, que nos comunica a Lei de Deus resumida na lei do seu Amor. A lei humana tem um inicio e tem um fim; a lei de Deus não! A Lei de Deus é regida pelo amor e para o amor não existe um “basta”, não existe limites, ele é sem fim!
Confortados pela misericórdia de Deus nos lembremos sempre de que “A Lei do Senhor Deus é perfeita, um conforto para a alma, palavras de Vida eterna, testemunho fiel, sabedoria dos humildes, precisa, alegria ao coração, brilhante, para os olhos luz, pura, imutável, correta, justa, desejável, palavra mais doce que o mel” (Cf. Sl 18,8-11).
Se quisermos ser verdadeiramente livres, somente a “Lei do Senhor” nos libertará!
Testo escrito para a Celebração do 3º. Domingo da Quaresma (15.03.2009 – Ano B)
Paróquia Todos os Santos (Com. Senhor Bom Jesus)
Obs.: Imagem retirada de http://diasimdiatambem.wordpress.com/2007/05/18/os-10-mandamentos-de-bento-xvi/
Paróquia Todos os Santos (Com. Senhor Bom Jesus)
Obs.: Imagem retirada de http://diasimdiatambem.wordpress.com/2007/05/18/os-10-mandamentos-de-bento-xvi/
sábado, 14 de março de 2009
Voltar-se para Deus de todo coração!
1. Todos os anos, a Igreja nos possibilita a vivência da Quaresma, este tempo favorável da Graça de Deus e da nossa conversão. Somos convidados, a nos santificar e crescer diante de Deus, revendo a nossa vida, os nossos conceitos, as nossas opções fundamentais, por meio de práticas e exercícios espirituais como o jejum, a oração, a penitência, a caridade, a confissão, e tantos outros meios, que nos ajudam a preparar com um coração contrito, mas, não triste ou decepcionado a Ressurreição do Cristo Jesus, Senhor e Salvador nosso, que nos traz com a Páscoa da sua Ressurreição a possibilidade da Vida Nova.
2. Este tempo, é um tempo que convida a nós, homens e mulheres a voltarmo-nos a Deus de todo coração, por meio das práticas comuns a ele, como o jejum, a oração, a penitência, a caridade, a reconciliação com Deus e os irmãos e etc; isto de coração sincero, certos de que Ele cuida daqueles que se voltam a Ele totalmente e se preocupam com o bem estar e a salvação do seu próximo:
“Se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia. O Senhor te conduzirá sempre e saciará tua sede na aridez da vida, e renovará o vigor do teu corpo; serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas que jamais secarão”. (Isaias 58,10-11)
Talvez, possamos nos questionar que é difícil assumir uma dimensão de vida como esta, onde além de lidar com as próprias preocupações e fraquezas, ainda precisemos nos preocupar com os outros, os que estão á minha volta e são menos favorecidos. Ou ainda, pensemos que não somos dignos de realizar a Caridade, porque a nossa condição de pecadores não nos deixa.
3. Um pouco adiante neste mesmo trecho do livro de Isaias, vemos o “consolo e o impulso” da parte do próprio Deus para nós: “Serás chamado reconstrutor de ruínas, restaurador de caminhos”, e podemos nos perguntar surpresos: Isto é possível pra nós?
Antes de tudo, tenhamos a consciência do seguinte, nisto consiste o processo de conversão: reconstruir e restaurar! Mesmo pecadores e vivendo o nosso processo diário de conversão, somos chamados a colaborar com Deus em sua missão, que também é nossa.
Penso que se trata disto o “voltar-se a Deus de todo coração”, ou seja, colaborar com o seu projeto Salvador reconstruindo e restaurando.
Se isto não é suficiente pra nos encorajar, vejamos algo mais fascinante ainda: Deus escolhe quem ele quer! Deus nos surpreende com as suas escolhas, Ele não escolhe os mais sensatos e santos, mas os pecadores! É algo que escandaliza, de fato, mas, ele escolhe pessoas que são limitadas, fracas, pecadoras. Foi assim com Levi ou Mateus, que era cobrador de impostos (Cf. Lc 5, 27-28), foi assim com tantos outros, foi assim com cada um de nós.
Jesus deste modo, nos revela uma face de sua missão que deve ser também face da nossa missão, ou melhor, reflexo da sua missão em nós, “reconstruir e restaurar”: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”. (Lc 5,31-32).
4. A iniciativa da Salvação vem sempre de Deus, nós em resposta devemos aceitá-la, se assim o queremos, e nos abandonar à sua vontade, voltando-nos para Ele de todo o nosso coração. Neste sentido, o pecado não é mais obstáculo para nos encontrarmos com Deus, pois Ele já nos concedeu o perdão, Ele veio pra nos curar e nos chamar, nos deu oportunidade de viver um processo de conversão em sua Presença.
A nossa santificação consiste em oferecer a salvação a todos! Que possamos então reconstruir e restaurar as vidas feridas, anunciar o Reino e o Tempo da Graça de Deus à todos aqueles que se disponibilizarem à voltar-se a Ele de todo coração.
Usa-nos Senhor e que o nosso coração sempre vos agrade!
Texto escrito no Sábado depois das Cinzas – 28.02.2009
Obs.: Imagem retirada de http://amesadapalavra.blogspot.com/2009/01/os-cobradores-de-impostos-e-as.html
sexta-feira, 13 de março de 2009
A inveja humana e a proposta de salvação de Deus
1. Um dos males que a humanidade sofre e tem por chaga - pelo menos ao meu ver - nos dias de hoje é a inveja. Diariamente vemos nos veículos de comunicação e mídia, que por muito pouco, se rouba, se destrói e até mesmo se mata, por conta deste sentimento que envolve o coração do homem e o cega de tal maneira, que este não se encontra satisfeito, enquanto não possuir o que é do outro, ou até mesmo tomar o lugar do outro, e pior ainda quando quer ser o outro.
Podemos dizer que este estigma faz parte da natureza humana, e configura-se à realidade de pecador que todo ser humano traz consigo. Algo com o qual temos que viver e saber lidar. Aliás, a inveja é um mal que está presente em toda a História da Humanidade, e vai estar presente no meio daquela luta que todos nós travamos em nosso coração entre o bem e o mal.
2. Podemos lembrar de duas histórias, conhecidas nossa e citá-las como exemplo, do que a inveja pode fazer na vida do ser humano.
Lembramos de Caim e Abel. Abel foi assassinado por seu irmão porque este o invejou, uma vez que Deus preferiu a oferta de Abel à sua (Cf. Gn 4,1-16). Lembramos também de José do Egito, que por ser o mais amado pelo seu pai Israel (Jacó), foi invejado pelos seus irmãos, que chegaram a tramar a sua morte, mas o preferiram vender a uma caravana que o levou ao Egito, ao mancharem suas mãos com o sangue de seu irmão (Cf. Gn 37,3-28).
Concluímos num primeiro momento, que, sem dúvida alguma, a inveja é um sentimento bem desprezível!
3. Podemos acrescentar à nossa reflexão, uma passagem bem interessante do Evangelho: “A Parábola dos vinhateiros homicidas”, aonde o proprietário de uma vinha, contrata a vinhateiros para que dela cuidem; estes, porém, matam todos os empregados que o proprietário envia a vinha e por fim o seu próprio filho (Cf. Mt 21,33-43.45-46).
Nos perguntamos: O que levou os vinhateiros a agirem desta forma? Sem dúvida, foram tomados pelo sentimento do qual nós falamos, a inveja.
4. Porém, esta parábola contada por Jesus nos permite nos aprofundarmos um pouco mais em nossa reflexão.
Numa linguagem alegórica, podemos dizer que o proprietário da vinda é o próprio Deus; a Vinha, o povo eleito – homens e mulheres fiéis ao Reino de Deus e ao seu plano de Salvação; os servos, os profetas; o Filho, Jesus; e os vinhateiros homicidas, aqueles que são infiéis.
Pois bem, esta parábola é uma síntese da história da salvação. Salvação esta que pode ser aceita ou recusada por nós; a parábola ainda nos alerta que ninguém pode ter a pretensão de ser salvo, e temos que ter consciência disto, pois a única segurança de salvação é a misericórdia de Deus para conosco.
5. Creio que podemos afirmar com certeza, de que, dentre todos os motivos que levaram Jesus à Cruz, estava o sentimento de inveja da parte dos responsáveis pela sua morte. Jesus anunciou com o seu ministério e vida o Reino do Pai dando um novo sentido a quem não tinha mais sentido nenhum na vida e concedendo a todos que dele se aproximar o acesso ao Pai. Em linguagem mais popular, podemos dizer que Jesus, se importando com os filhos e filhas de Deus, chamou a atenção para si de todos. Aqueles que o levaram à cruz, também queriam a atenção do povo para si, mas, por meio de leis e preceitos que não passavam de simples obrigação e cujo povo já estava cansado.
Podemos dizer que este estigma faz parte da natureza humana, e configura-se à realidade de pecador que todo ser humano traz consigo. Algo com o qual temos que viver e saber lidar. Aliás, a inveja é um mal que está presente em toda a História da Humanidade, e vai estar presente no meio daquela luta que todos nós travamos em nosso coração entre o bem e o mal.
2. Podemos lembrar de duas histórias, conhecidas nossa e citá-las como exemplo, do que a inveja pode fazer na vida do ser humano.
Lembramos de Caim e Abel. Abel foi assassinado por seu irmão porque este o invejou, uma vez que Deus preferiu a oferta de Abel à sua (Cf. Gn 4,1-16). Lembramos também de José do Egito, que por ser o mais amado pelo seu pai Israel (Jacó), foi invejado pelos seus irmãos, que chegaram a tramar a sua morte, mas o preferiram vender a uma caravana que o levou ao Egito, ao mancharem suas mãos com o sangue de seu irmão (Cf. Gn 37,3-28).
Concluímos num primeiro momento, que, sem dúvida alguma, a inveja é um sentimento bem desprezível!
3. Podemos acrescentar à nossa reflexão, uma passagem bem interessante do Evangelho: “A Parábola dos vinhateiros homicidas”, aonde o proprietário de uma vinha, contrata a vinhateiros para que dela cuidem; estes, porém, matam todos os empregados que o proprietário envia a vinha e por fim o seu próprio filho (Cf. Mt 21,33-43.45-46).
Nos perguntamos: O que levou os vinhateiros a agirem desta forma? Sem dúvida, foram tomados pelo sentimento do qual nós falamos, a inveja.
4. Porém, esta parábola contada por Jesus nos permite nos aprofundarmos um pouco mais em nossa reflexão.
Numa linguagem alegórica, podemos dizer que o proprietário da vinda é o próprio Deus; a Vinha, o povo eleito – homens e mulheres fiéis ao Reino de Deus e ao seu plano de Salvação; os servos, os profetas; o Filho, Jesus; e os vinhateiros homicidas, aqueles que são infiéis.
Pois bem, esta parábola é uma síntese da história da salvação. Salvação esta que pode ser aceita ou recusada por nós; a parábola ainda nos alerta que ninguém pode ter a pretensão de ser salvo, e temos que ter consciência disto, pois a única segurança de salvação é a misericórdia de Deus para conosco.
5. Creio que podemos afirmar com certeza, de que, dentre todos os motivos que levaram Jesus à Cruz, estava o sentimento de inveja da parte dos responsáveis pela sua morte. Jesus anunciou com o seu ministério e vida o Reino do Pai dando um novo sentido a quem não tinha mais sentido nenhum na vida e concedendo a todos que dele se aproximar o acesso ao Pai. Em linguagem mais popular, podemos dizer que Jesus, se importando com os filhos e filhas de Deus, chamou a atenção para si de todos. Aqueles que o levaram à cruz, também queriam a atenção do povo para si, mas, por meio de leis e preceitos que não passavam de simples obrigação e cujo povo já estava cansado.
A “inveja” humana leva o Salvador à Cruz. Porém, quando eles pensam que o “problema” está resolvido, eis que Jesus renova todas as coisas, pois, eranecessário que Ele morresse e ressuscitasse pra que a sua pregação e o Reino de Deus acontecesse, fossem confirmados.
6. Diante desta realidade maravilhosa de ressurreição, só nos resta nos questionarmos.
Queremos ser os vinhateiros homicidas que com nossos atos e “invejas” continuam a apedrejar, crucificar e a matar Jesus? Ou queremos ser parte da Vinha de Deus, ou seja, seu Povo, que se rende à Ressurreição? O quanto ainda precisamos lutar com o sentimento de inveja em nós?
Durante a nossa vida estaremos sempre entre a inveja humana e a proposta de salvação de Deus. Como viver nesta oscilação? Sem dúvida, Deus virá em nosso auxílio, mas nós também temos que fazer a nossa parte.
A Quaresma é tempo de revisão de vida e de confronto com a Palavra de Deus, é tempo de mortificação, tempo de atualização concreta em nossa existência da Paixão e Morte de Cristo, que em nós torna-se fonte de vida verdadeira na Páscoa da sua Ressurreição.
Por isso, não tenhamos medo de rever as nossas opções e escolhas fundamentais, e de dar em Cristo um novo alento a nossa história, para assim constituirmos a Vinha do Senhor, seu Povo Eleito, livre da inveja e de todo sentimento humano que nos afasta de seu projeto de Salvação.
Queremos ser os vinhateiros homicidas que com nossos atos e “invejas” continuam a apedrejar, crucificar e a matar Jesus? Ou queremos ser parte da Vinha de Deus, ou seja, seu Povo, que se rende à Ressurreição? O quanto ainda precisamos lutar com o sentimento de inveja em nós?
Durante a nossa vida estaremos sempre entre a inveja humana e a proposta de salvação de Deus. Como viver nesta oscilação? Sem dúvida, Deus virá em nosso auxílio, mas nós também temos que fazer a nossa parte.
A Quaresma é tempo de revisão de vida e de confronto com a Palavra de Deus, é tempo de mortificação, tempo de atualização concreta em nossa existência da Paixão e Morte de Cristo, que em nós torna-se fonte de vida verdadeira na Páscoa da sua Ressurreição.
Por isso, não tenhamos medo de rever as nossas opções e escolhas fundamentais, e de dar em Cristo um novo alento a nossa história, para assim constituirmos a Vinha do Senhor, seu Povo Eleito, livre da inveja e de todo sentimento humano que nos afasta de seu projeto de Salvação.
Texto escrito na Sexta feira da Segunda Semana da Quaresma (13.03.2009)
segunda-feira, 9 de março de 2009
Povo separado, chamado a viver o amor.
1. Somos povo separado e escolhido por Deus, chamados a escolher o Senhor!
Escolhê-lo como Rei e Centro de nossos corações, seguir os seus caminhos, guardar os seus mandamentos e obedecer à sua voz (Cf. Dt 26,17).
Fomos escolhidos por Deus porque não há outro igual a Ele ou superior a Ele, e nem além dele. Somente Ele poderia tomar esta decisão de separar e eleger um povo para o seu louvor e para que gozasse assim do seu Amor. Homem nenhum, por mais tentativas que a humanidade viu, embora todas frustradas, pôde eleger um povo. Somente Deus o pode!
Fomos escolhidos não por acaso ou convenção. Fomos escolhidos porque Deus nos ama. Amor que é eterno e imutável, ou seja, não muda jamais. O Senhor nos escolheu e escolheu por amor! (Cf. Dt 26,18).
2. A nossa vocação nos leva à santidade!
Ele, Deus, não nos escolheu para sermos qualquer povo, mas para sermos um Povo Santo que tem à sua frente uma única Lei como o principio das outras que possam vir a reger nossa vida: A Lei do Amor! E é nessa lei, que, todo homem e mulher são chamados a progredir. (Cf. Sl 118/119).
Por sermos Povo Amado por Deus, separado e eleito, é que este chamado faz de nós uma exigência: Cada um que faz parte deste povo, não pode fechar-se em si mesmo, não deve sucumbir em seu próprio mundo, e sim ter uma visão de que faz parte de um povo consagrado, que tem horizontes pela frente, que está disposto a amar sem distinção, a exemplo do Coração do próprio Deus!
3. Apesar de sermos santos e constituirmos um povo escolhido e separado por Deus, ainda não somos perfeitos; estamos a caminho da perfeição (Cf. Mt 5,48).
E este caminho não vai ser facilmente trilhado, se não entendermos a fundo o que significa o amor-caridade. Para sermos perfeitos, é preciso amar sem distinção, amar sem preconceitos, fazer valer o chamado de Deus e a escolha que fizemos pela sua Vontade.
Eis o caminho da perfeição:
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem” (Mt 5,44).
Despensa comentários este trecho do Evangelho, pois nós bem sabemos o que temos feito para fazer valê-lo na nossa vida.
No entanto, deve ficar presente o seguinte: Somos chamados a duas coisas: Viver o Amor e Converter-se ao Senhor, pois bem, “converter-se a Deus de todo o Coração é viver a Caridade!”.
Escolhê-lo como Rei e Centro de nossos corações, seguir os seus caminhos, guardar os seus mandamentos e obedecer à sua voz (Cf. Dt 26,17).
Fomos escolhidos por Deus porque não há outro igual a Ele ou superior a Ele, e nem além dele. Somente Ele poderia tomar esta decisão de separar e eleger um povo para o seu louvor e para que gozasse assim do seu Amor. Homem nenhum, por mais tentativas que a humanidade viu, embora todas frustradas, pôde eleger um povo. Somente Deus o pode!
Fomos escolhidos não por acaso ou convenção. Fomos escolhidos porque Deus nos ama. Amor que é eterno e imutável, ou seja, não muda jamais. O Senhor nos escolheu e escolheu por amor! (Cf. Dt 26,18).
2. A nossa vocação nos leva à santidade!
Ele, Deus, não nos escolheu para sermos qualquer povo, mas para sermos um Povo Santo que tem à sua frente uma única Lei como o principio das outras que possam vir a reger nossa vida: A Lei do Amor! E é nessa lei, que, todo homem e mulher são chamados a progredir. (Cf. Sl 118/119).
Por sermos Povo Amado por Deus, separado e eleito, é que este chamado faz de nós uma exigência: Cada um que faz parte deste povo, não pode fechar-se em si mesmo, não deve sucumbir em seu próprio mundo, e sim ter uma visão de que faz parte de um povo consagrado, que tem horizontes pela frente, que está disposto a amar sem distinção, a exemplo do Coração do próprio Deus!
3. Apesar de sermos santos e constituirmos um povo escolhido e separado por Deus, ainda não somos perfeitos; estamos a caminho da perfeição (Cf. Mt 5,48).
E este caminho não vai ser facilmente trilhado, se não entendermos a fundo o que significa o amor-caridade. Para sermos perfeitos, é preciso amar sem distinção, amar sem preconceitos, fazer valer o chamado de Deus e a escolha que fizemos pela sua Vontade.
Eis o caminho da perfeição:
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem” (Mt 5,44).
Despensa comentários este trecho do Evangelho, pois nós bem sabemos o que temos feito para fazer valê-lo na nossa vida.
No entanto, deve ficar presente o seguinte: Somos chamados a duas coisas: Viver o Amor e Converter-se ao Senhor, pois bem, “converter-se a Deus de todo o Coração é viver a Caridade!”.
Paróquia Todos os Santos (Matriz – Com. Santa Emília)
Texto escrito em 07.03.2009
Texto escrito em 07.03.2009
para a Celebração do Sábado da 1ª. Semana da Quaresma.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Esperar no Senhor e se reconciliar com os irmãos
1. Diante de nossa realidade pecadora, o salmista numa oração dirigida ao Pai das misericórdias nos consola: “Se levardes em conta as nossas faltas, quem haverá de subsistir?” (Sl 129 (130), 3). Trata-se daquela velha e sempre nova novidade de que Deus não se importa com o nosso pecado, mas, sim com o nosso coração que, consciente de ter pecado, se inclina à sua misericórdia, pede perdão e se levanta como um coração novo cheio da sua graça.
Quando pecamos, de certa maneira “morremos”, e o caminho de volta à vida, ou a “ressurreição” é o arrependimento. O arrependimento dos pecados traz o pecador de volta à vida. (Cf. Ez 18,28). E sem dúvida é este o desejo de Deus, ver homens e mulheres, filhos e filhas seus mudando de vida e de conduta, se libertando dos laços da morte e do pecado e voltando a viver debaixo de sua graça (Cf. Ez 18,23b).
Quando pecamos, de certa maneira “morremos”, e o caminho de volta à vida, ou a “ressurreição” é o arrependimento. O arrependimento dos pecados traz o pecador de volta à vida. (Cf. Ez 18,28). E sem dúvida é este o desejo de Deus, ver homens e mulheres, filhos e filhas seus mudando de vida e de conduta, se libertando dos laços da morte e do pecado e voltando a viver debaixo de sua graça (Cf. Ez 18,23b).
2. Somente em Deus se encontra o perdão, continua a nos consolar o salmista (Cf. Sl 129(130), 4).
O homem fragilizado pelo pecado só pode encontrar força e alento e mais do que isto, o perdão para os seus pecados em Deus, fonte eterna de vida, misericórdia e perdão.
Falando assim, parece até fácil o processo para receber o perdão de Deus: “Pecamos, nos aproximamos de Deus e pedimos perdão e Ele nos perdoa”. Mas, e a luta que se trava antes disto?
De fato, o homem vive dia após dia uma luta constante, consigo próprio, uma vez que é configurado por limitações e fraquezas que o leva a pecar contra si, contra os irmãos e contra Deus. Tal luta se dá em seu coração, é a luta entre o bem e o mal, que influencia nas escolhas e nas opções do homem.
Deus não quer a morte do pecador, mas sim que ele viva. No entanto, as suas escolhas vão definir se ele vive ou se ele morre. O homem tem a liberdade de escolher entre o bem e o mal, entre o pecado e a graça, no entanto, somente a escolha pelo bem é que o fará verdadeiramente livre!
3. O homem que espera no Senhor sabe lidar bem com isto, mesmo em meio a luta, que pode lhe dar tanto vitórias como derrotas, o homem que espera no Senhor em todas as situações de sua vida, e, sobretudo nas situações de pecado, permanece firme, inabalável, porque colocou a sua confiança não em homens ou coisas deste mundo, mas, no próprio Deus, como continua a nos falar o salmista: “No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh´alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora. Espere Israel pelo Senhor, mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção”. (Sl 129(130), 5-7)
É preciso esperar no Senhor, nele se encontra toda a graça e perdão!
4. Gostaria neste ponto, de desviar nossa reflexão para o nosso relacionamento com os nossos irmãos e irmãs.
Bem sabemos que muitas vezes pecamos contra o nosso próximo, e a meu ver pelo menos, isto é algo muito delicado, uma vez que nos apresentamos diante de Deus, e em geral estamos com alguma “pendência” com algum irmão ou irmã e “fingimos” que nada está acontecendo e que está tudo normal em nossa vida!
Questiono: Adianta se colocar diante de Deus de coração aberto à sua misericórdia, consciente de que nós erramos, e assim ter confiança e esperar nele a sua graça e favor, sem vivermos em paz com os irmãos? Não seria hipocrisia da nossa parte? Aliás, Deus sonda e conhece todos os corações!
Como é difícil perdoar! Mais difícil é se reconciliar com aqueles com os quais temos faltas; E se torna mais difícil quando nós é que somos os responsáveis por estas faltas; E bem pior é quando o nosso orgulho não nos deixa aproximar do irmão ou irmã que atentou contra nós!
5. Jesus nos convida a nos reconciliar com os nossos irmãos (Cf. Mt 5,20-26).
Convite delicado o de Jesus! Trata-se de um processo longo, demorado, talvez para a vida toda, porém, processo que é necessário. Para iniciá-lo é preciso iniciativa, abertura da nossa parte, por meio da oração e da proximidade com estes irmãos e irmãs que nos feriram ou que nós ferimos. É preciso quebrar o nosso orgulho, a nossa arrogância!
Detrás deste convite de Jesus, está na verdade um convite mais sublime: moldar-nos conforme o seu coração que é manso e humilde, que ama a todos, sem fazer distinção de ninguém!
É um desafio que o próprio Senhor nos lança.
E diante desta realidade: Aceitamos ou não o desafio? A resposta só o tempo, a Espera no Senhor e a nossa iniciativa nos dará! Enquanto não podemos responder, que possamos ter a consciência de que somos chamados a ser um Povo de Reconciliados, moldado conforme o coração do nosso Pastor!
Só assim terá sentido nos reunirmos diante do Altar do Senhor para celebrarmos a Eucaristia, como um povo de reconciliados, que recebe e dá o perdão e vive debaixo da graça misericordiosa de Deus! (Cf. Mt 5,23-24)
Obs: Imagem retirada de http://ssacramento.blogs.sapo.pt/9199.html
O homem fragilizado pelo pecado só pode encontrar força e alento e mais do que isto, o perdão para os seus pecados em Deus, fonte eterna de vida, misericórdia e perdão.
Falando assim, parece até fácil o processo para receber o perdão de Deus: “Pecamos, nos aproximamos de Deus e pedimos perdão e Ele nos perdoa”. Mas, e a luta que se trava antes disto?
De fato, o homem vive dia após dia uma luta constante, consigo próprio, uma vez que é configurado por limitações e fraquezas que o leva a pecar contra si, contra os irmãos e contra Deus. Tal luta se dá em seu coração, é a luta entre o bem e o mal, que influencia nas escolhas e nas opções do homem.
Deus não quer a morte do pecador, mas sim que ele viva. No entanto, as suas escolhas vão definir se ele vive ou se ele morre. O homem tem a liberdade de escolher entre o bem e o mal, entre o pecado e a graça, no entanto, somente a escolha pelo bem é que o fará verdadeiramente livre!
3. O homem que espera no Senhor sabe lidar bem com isto, mesmo em meio a luta, que pode lhe dar tanto vitórias como derrotas, o homem que espera no Senhor em todas as situações de sua vida, e, sobretudo nas situações de pecado, permanece firme, inabalável, porque colocou a sua confiança não em homens ou coisas deste mundo, mas, no próprio Deus, como continua a nos falar o salmista: “No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh´alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora. Espere Israel pelo Senhor, mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção”. (Sl 129(130), 5-7)
É preciso esperar no Senhor, nele se encontra toda a graça e perdão!
4. Gostaria neste ponto, de desviar nossa reflexão para o nosso relacionamento com os nossos irmãos e irmãs.
Bem sabemos que muitas vezes pecamos contra o nosso próximo, e a meu ver pelo menos, isto é algo muito delicado, uma vez que nos apresentamos diante de Deus, e em geral estamos com alguma “pendência” com algum irmão ou irmã e “fingimos” que nada está acontecendo e que está tudo normal em nossa vida!
Questiono: Adianta se colocar diante de Deus de coração aberto à sua misericórdia, consciente de que nós erramos, e assim ter confiança e esperar nele a sua graça e favor, sem vivermos em paz com os irmãos? Não seria hipocrisia da nossa parte? Aliás, Deus sonda e conhece todos os corações!
Como é difícil perdoar! Mais difícil é se reconciliar com aqueles com os quais temos faltas; E se torna mais difícil quando nós é que somos os responsáveis por estas faltas; E bem pior é quando o nosso orgulho não nos deixa aproximar do irmão ou irmã que atentou contra nós!
5. Jesus nos convida a nos reconciliar com os nossos irmãos (Cf. Mt 5,20-26).
Convite delicado o de Jesus! Trata-se de um processo longo, demorado, talvez para a vida toda, porém, processo que é necessário. Para iniciá-lo é preciso iniciativa, abertura da nossa parte, por meio da oração e da proximidade com estes irmãos e irmãs que nos feriram ou que nós ferimos. É preciso quebrar o nosso orgulho, a nossa arrogância!
Detrás deste convite de Jesus, está na verdade um convite mais sublime: moldar-nos conforme o seu coração que é manso e humilde, que ama a todos, sem fazer distinção de ninguém!
É um desafio que o próprio Senhor nos lança.
E diante desta realidade: Aceitamos ou não o desafio? A resposta só o tempo, a Espera no Senhor e a nossa iniciativa nos dará! Enquanto não podemos responder, que possamos ter a consciência de que somos chamados a ser um Povo de Reconciliados, moldado conforme o coração do nosso Pastor!
Só assim terá sentido nos reunirmos diante do Altar do Senhor para celebrarmos a Eucaristia, como um povo de reconciliados, que recebe e dá o perdão e vive debaixo da graça misericordiosa de Deus! (Cf. Mt 5,23-24)
Paróquia Todos os Santos (Matriz - Com. Santa Emília)
Texto escrito em 06.03.2009
Texto escrito em 06.03.2009
para a Celebração da Sexta feira da 1ª. Semana da Quaresma
Primeira Sexta Feira do Mês (Sagrado Coração de Jesus)
Primeira Sexta Feira do Mês (Sagrado Coração de Jesus)
Obs: Imagem retirada de http://ssacramento.blogs.sapo.pt/9199.html
quarta-feira, 4 de março de 2009
A Misericórdia, cura para o nosso pecado.
1. Há uma realidade que nos cerca, que nos acompanha dia após dia em nossas vidas: Somos Pecadores! Somos chamados a assumir essa realidade, para que se revele sobre nós a face misericordiosa de Deus. Se não temos consciência da nossa situação em relação ao pecado, dificilmente a misericórdia de Deus vai agir e estar presente em nossas vidas.
O pecado é aquela mancha original com a qual todos nós nascemos, por conta da corrupção que entrou no mundo por meio de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Ele está impregnado em nós, faz parte da história do homem como individuo e como ser social. E por isso, infelizmente não há opção que nos leve a pecar ou não.
No entanto, podemos escolher, e assim procurar viver em meio a nossa luta diária com aquilo que não é bom em nós, se queremos trilhar uma vida em santidade e temor a Deus, ou trilhar uma vida sem separar nela um lugar privilegiado para Deus. A vida da santidade e do temor é o caminho de Deus; a outra “face” desta vida, é o caminho que nós trilhamos como bem entendemos, fugindo assim de todo e qualquer compromisso com a santidade e a perfeição que o próprio Deus nos oferece, portanto, é o caminho do pecado.
2. Pecamos, isto é fato! Porém, temos o consolo do próprio Deus, que em sua Misericórdia infinita, não aponta o nosso pecado, a ponto de nos julgar, mas, se preocupa com o nosso coração, e com a nossa vontade de recomeçar, de voltar atrás. Trata-se daquela velha sempre nova novidade: Deus odeia o pecado, mas, ama o pecador! E assim nos leva a ter uma experiência profunda em sua Misericórdia... É a experiência do “cair”, “levantar-se” e “imergir” no Amor de Deus: O RECOMEÇO.
Muitas vezes nos achamos no fundo do poço, no lamaçal; nos sentimos a “laranja podre” da cesta por conta do nosso pecado; no entanto, Deus se levanta de nós e nos ergue, nos dá o seu perdão, se assim nós o quisermos, levando-nos a ter experiência intima de amor com Ele e a fazer também uma série de propósitos de mudança de vida e de não voltar a pecar... Porém, mais na frente caímos de novo, erramos de novo, voltamos ao fundo do poço e Deus mais uma vez vem em nosso favor e nos tira desta situação. Se mil vezes nós cairmos, mil vezes Deus nos levantará! E porque? Porque Ele nos ama!
Por esta divina razão, somos chamados a viver no temor, certos de que Deus não nos abandona e nem se esquece de nós: “Como um pai tem piedade de seu filho, assim o Senhor tem piedade dos que o temem. Porque ele sabe de que somos feitos, lembra-se de que somos pó” (Sl 102,13-14).
3. Deus é Misericórdia! O nosso Salvador Jesus nos revela esta face de Deus por meio do Evangelho: Um Deus de Cura e de Perdão; Um Deus que cura os nossos males físicos e espirituais; Um Deus que traz Salvação para quem está perdido por causa do pecado; Um Deus que nos ama a tal ponto de entregar seu Filho Único para morrer numa Cruz, a fim de nos resgatar, de nos dar a salvação e de perdoar os nossos pecados; Um Deus que nos ensina a lição do perdão e da Misericórdia!
4. “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Cf. Mc 2, 7). Esta frase contesta Jesus quando ele cura o paralítico (Cf. Mc 2,1-12). Pois bem, de fato, só Deus tem poder para perdoar os pecados do homem, no entanto, Jesus na qualidade de Filho de Deus, e portanto, na qualidade do próprio Deus que o é, cura o paralítico, provando assim a sua divindade em primeiro lugar e no mesmo episódio vai nos ensinar a lição da Misericórdia!
O que Jesus fez ali foi mais que um sinal ou um milagre, foi uma “nova criação” literalmente na vida daquele homem. É assim que Deus agiu e continua agindo: Ele esquece os pecados e cura... Esta é a nova criação que nasce de um Deus que perdoa os pecados, cancela-os e os lança “para trás de si”: “Sou eu mesmo, que cancelo tuas culpas por minha causa e já não me lembrarei de teus pecados.” (Is 43,25).
Mais uma vez afirmamos: Deus não se importa com o pecado, mas, com a vontade do pecador em acertar o seu erro!
5. Neste ponto, podemos desviar brevemente a nossa reflexão para o Sacramento da Penitência. Hoje, mais do que nunca muitos dizem por ai, que só Deus pode perdoar os pecados, e usam deste artifício para repudiar a confissão, preferindo confessar-se diretamente com Deus.
Deus ouve? Certamente! Mas, não tem sentido algum “confessar-se diretamente com Deus”, sendo que Ele mesmo através do seu Filho e nosso Salvador Jesus Cristo deixou para nós tal sacramento. Além do que, em toda História da Humanidade Deus sempre se manifestou por meio de alguém e nunca diretamente...
Somente Deus perdoa os pecados, isto é certo! E é o que acontece no Sacramento da Penitência: O Sacerdote empresta seus ouvidos e suas mãos para que Deus por meio da oração da Igreja conceda o perdão dos pecados e o retorno à graça. Não é o padre que perdoa, mas, o Autor do Perdão: O próprio Deus!
6. Talvez seja por causa desta consciência de que se confessando diretamente com Deus o problema está resolvido, que o homem de hoje perdeu a consciência e o sentido do pecado. Eu peco aqui e ali eu peço perdão a Deus. E tem mais: muitos acham que certos atos e atitudes são “normais” nos dias de hoje e por isso, aquele ou este determinado ato não necessita de Deus e muito menos de seu perdão e misericórdia.
Hoje em dia, na concepção atual, tudo é permitido e nada é pecado... O que leva as nossas opções fundamentais de vida, os nossos conceitos morais e cristãos a perderem seu valor; a naufragarem no “não pega nada” desta onda que tem tomado às consciências de que “Pecar é normal!”.
É normal tirar a vida de alguém, porque está atrapalhando o meu caminho; é normal realizar um aborto, porque este “ser” vai atrasar a minha vida; é normal usar drogas porque assim eu fujo da realidade, e me escondo em um mundo só meu; é normal “atacar” a vida do irmão com palavras e gestos porque ele fez a mesma coisa contra mim; é normal viver uma sexualidade desregrada porque todo mundo vive... E por ai vai...
O pecado tornou-se “normal”, e ainda “coisa da moda”, todo mundo segue, faz, copia; por isso: “Confessa-lo para que, se ele não tem mais dimensão de “pecado” em minha vida?”
7. “Jesus nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações” (Cf. II Cor 1, 22). Ele nos escolheu, nos separou, nos marcou para que pertencêssemos a Ele e não ao pecado, e quando neste cairmos, nós podemos dizer como o salmista: “Curai-me Senhor, pois pequei contra vós!” e assim, recomeçar! Mas, infelizmente dificilmente se ouve isto, pois o homem do século XXI prefere permanecer doente ao ser curado.
O pecado nos deixa paralíticos! Não nos permite movimentar na graça de Deus! Por isso é necessário o perdão, o arrependimento, a confissão, a vontade de acertar e recomeçar, para que possamos como “novas criaturas” andar na graça de Deus! Não tem outro caminho, nem outro modo, mas a escolha permanece sempre nossa: Quero eu ser paralítico diante de Deus por conta da minha opção pelo pecado, ou quero me movimentar livremente em sua graça?
8. Que possamos confiar no Senhor e em sua Misericórdia, exultar de alegria pela salvação que Ele nos trouxe, cantar a Ele cantos de gratidão pelo bem que Ele nos faz (Cf. Sl 12,6), e assim procurando o que é reto, realizar a sua vontade em nossas palavras e ações.
O pecado é aquela mancha original com a qual todos nós nascemos, por conta da corrupção que entrou no mundo por meio de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Ele está impregnado em nós, faz parte da história do homem como individuo e como ser social. E por isso, infelizmente não há opção que nos leve a pecar ou não.
No entanto, podemos escolher, e assim procurar viver em meio a nossa luta diária com aquilo que não é bom em nós, se queremos trilhar uma vida em santidade e temor a Deus, ou trilhar uma vida sem separar nela um lugar privilegiado para Deus. A vida da santidade e do temor é o caminho de Deus; a outra “face” desta vida, é o caminho que nós trilhamos como bem entendemos, fugindo assim de todo e qualquer compromisso com a santidade e a perfeição que o próprio Deus nos oferece, portanto, é o caminho do pecado.
2. Pecamos, isto é fato! Porém, temos o consolo do próprio Deus, que em sua Misericórdia infinita, não aponta o nosso pecado, a ponto de nos julgar, mas, se preocupa com o nosso coração, e com a nossa vontade de recomeçar, de voltar atrás. Trata-se daquela velha sempre nova novidade: Deus odeia o pecado, mas, ama o pecador! E assim nos leva a ter uma experiência profunda em sua Misericórdia... É a experiência do “cair”, “levantar-se” e “imergir” no Amor de Deus: O RECOMEÇO.
Muitas vezes nos achamos no fundo do poço, no lamaçal; nos sentimos a “laranja podre” da cesta por conta do nosso pecado; no entanto, Deus se levanta de nós e nos ergue, nos dá o seu perdão, se assim nós o quisermos, levando-nos a ter experiência intima de amor com Ele e a fazer também uma série de propósitos de mudança de vida e de não voltar a pecar... Porém, mais na frente caímos de novo, erramos de novo, voltamos ao fundo do poço e Deus mais uma vez vem em nosso favor e nos tira desta situação. Se mil vezes nós cairmos, mil vezes Deus nos levantará! E porque? Porque Ele nos ama!
Por esta divina razão, somos chamados a viver no temor, certos de que Deus não nos abandona e nem se esquece de nós: “Como um pai tem piedade de seu filho, assim o Senhor tem piedade dos que o temem. Porque ele sabe de que somos feitos, lembra-se de que somos pó” (Sl 102,13-14).
3. Deus é Misericórdia! O nosso Salvador Jesus nos revela esta face de Deus por meio do Evangelho: Um Deus de Cura e de Perdão; Um Deus que cura os nossos males físicos e espirituais; Um Deus que traz Salvação para quem está perdido por causa do pecado; Um Deus que nos ama a tal ponto de entregar seu Filho Único para morrer numa Cruz, a fim de nos resgatar, de nos dar a salvação e de perdoar os nossos pecados; Um Deus que nos ensina a lição do perdão e da Misericórdia!
4. “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Cf. Mc 2, 7). Esta frase contesta Jesus quando ele cura o paralítico (Cf. Mc 2,1-12). Pois bem, de fato, só Deus tem poder para perdoar os pecados do homem, no entanto, Jesus na qualidade de Filho de Deus, e portanto, na qualidade do próprio Deus que o é, cura o paralítico, provando assim a sua divindade em primeiro lugar e no mesmo episódio vai nos ensinar a lição da Misericórdia!
O que Jesus fez ali foi mais que um sinal ou um milagre, foi uma “nova criação” literalmente na vida daquele homem. É assim que Deus agiu e continua agindo: Ele esquece os pecados e cura... Esta é a nova criação que nasce de um Deus que perdoa os pecados, cancela-os e os lança “para trás de si”: “Sou eu mesmo, que cancelo tuas culpas por minha causa e já não me lembrarei de teus pecados.” (Is 43,25).
Mais uma vez afirmamos: Deus não se importa com o pecado, mas, com a vontade do pecador em acertar o seu erro!
5. Neste ponto, podemos desviar brevemente a nossa reflexão para o Sacramento da Penitência. Hoje, mais do que nunca muitos dizem por ai, que só Deus pode perdoar os pecados, e usam deste artifício para repudiar a confissão, preferindo confessar-se diretamente com Deus.
Deus ouve? Certamente! Mas, não tem sentido algum “confessar-se diretamente com Deus”, sendo que Ele mesmo através do seu Filho e nosso Salvador Jesus Cristo deixou para nós tal sacramento. Além do que, em toda História da Humanidade Deus sempre se manifestou por meio de alguém e nunca diretamente...
Somente Deus perdoa os pecados, isto é certo! E é o que acontece no Sacramento da Penitência: O Sacerdote empresta seus ouvidos e suas mãos para que Deus por meio da oração da Igreja conceda o perdão dos pecados e o retorno à graça. Não é o padre que perdoa, mas, o Autor do Perdão: O próprio Deus!
6. Talvez seja por causa desta consciência de que se confessando diretamente com Deus o problema está resolvido, que o homem de hoje perdeu a consciência e o sentido do pecado. Eu peco aqui e ali eu peço perdão a Deus. E tem mais: muitos acham que certos atos e atitudes são “normais” nos dias de hoje e por isso, aquele ou este determinado ato não necessita de Deus e muito menos de seu perdão e misericórdia.
Hoje em dia, na concepção atual, tudo é permitido e nada é pecado... O que leva as nossas opções fundamentais de vida, os nossos conceitos morais e cristãos a perderem seu valor; a naufragarem no “não pega nada” desta onda que tem tomado às consciências de que “Pecar é normal!”.
É normal tirar a vida de alguém, porque está atrapalhando o meu caminho; é normal realizar um aborto, porque este “ser” vai atrasar a minha vida; é normal usar drogas porque assim eu fujo da realidade, e me escondo em um mundo só meu; é normal “atacar” a vida do irmão com palavras e gestos porque ele fez a mesma coisa contra mim; é normal viver uma sexualidade desregrada porque todo mundo vive... E por ai vai...
O pecado tornou-se “normal”, e ainda “coisa da moda”, todo mundo segue, faz, copia; por isso: “Confessa-lo para que, se ele não tem mais dimensão de “pecado” em minha vida?”
7. “Jesus nos marcou com o seu selo e nos adiantou como sinal o Espírito derramado em nossos corações” (Cf. II Cor 1, 22). Ele nos escolheu, nos separou, nos marcou para que pertencêssemos a Ele e não ao pecado, e quando neste cairmos, nós podemos dizer como o salmista: “Curai-me Senhor, pois pequei contra vós!” e assim, recomeçar! Mas, infelizmente dificilmente se ouve isto, pois o homem do século XXI prefere permanecer doente ao ser curado.
O pecado nos deixa paralíticos! Não nos permite movimentar na graça de Deus! Por isso é necessário o perdão, o arrependimento, a confissão, a vontade de acertar e recomeçar, para que possamos como “novas criaturas” andar na graça de Deus! Não tem outro caminho, nem outro modo, mas a escolha permanece sempre nossa: Quero eu ser paralítico diante de Deus por conta da minha opção pelo pecado, ou quero me movimentar livremente em sua graça?
8. Que possamos confiar no Senhor e em sua Misericórdia, exultar de alegria pela salvação que Ele nos trouxe, cantar a Ele cantos de gratidão pelo bem que Ele nos faz (Cf. Sl 12,6), e assim procurando o que é reto, realizar a sua vontade em nossas palavras e ações.
Paróquia de Todos os Santos – Comunidade Santa Emília
Texto escrito em 22.02.2009
para a Celebração do 7º. Domingo do Tempo Comum: “Domingo do Paralítico”.
Texto escrito em 22.02.2009
para a Celebração do 7º. Domingo do Tempo Comum: “Domingo do Paralítico”.