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sábado, 21 de março de 2009

A Misericórdia de Deus apaga as nossas faltas e nos leva à plenitude da Vida.


Ao ler o trecho de Ezequiel 18, 21-28, percebemos que Deus é puramente misericórdia, perdão e amor. “Se o ímpio se arrepender de todos os pecados cometidos, guardar todas as minhas leis e fizer o que é direito e justo, viverá com certeza e não morrerá” (v. 21).
A vida de Deus em nós se manifesta justamente nos nossos atos, e principalmente na nossa adesão a Ele, quando nós saímos das nossas fraquezas, ou melhor, as reconhecemos, e voltamos o nosso Coração a Ele. Se arrepender dos pecados, é ressuscitar o coração e caminhar no caminho justo de Deus.
A Misericórdia de Deus apaga as nossas faltas e nos leva a plenitude de vida.
Quando nos arrependemos das nossas faltas, Deus esquece o mal cometido, pois, Ele deseja em primeiro lugar a vida de todos os seus filho e não a morte. Porém, devemos sempre observar aquilo que Deus quer de nós, nos esforçarmos para vencermos as nossas limitações, o pecado e os atos maus que muitas vezes somos influenciados a cometer.
Se mantivermos a nossa vida na infidelidade a Deus, não poderemos viver a vida de Deus, mas acabaremos comprando a nossa morte por tais atos. Afinal, Deus é sempre fiel, quem é infiel e injusto, é sempre o homem, que muitas vezes não se abre a graça e ao Amor de Deus.
Para conservar a vida, precisamos sim nos arrepender e caminhar na integridade. Todos nós precisamos nos lembrar diariamente disso, procurar os meios necessários, para fazer a devida manutenção da nossa vida em Deus, para que não morramos e sim vivamos. Por isso, é necessário participar das Missas, momentos celebrativos que a Igreja nos oferece, e, sobretudo nos encontrarmos com a Misericórdia de Deus no Sacramento da Penitência, confessando humildemente os nossos pecados, pois foi, para ganharmos a salvação e caminharmos rumo à Vida eterna que Deus nos deu esse presente.
São Pio de Pieltrecina já dizia que no confessionário se entra morto e sai ressuscitado. O pecado é morte, é ausência de Deus, e para aqueles que são Filhos de Deus, ouvem a sua mensagem e procuram viver segundo aquilo que Deus diz, não se pode permanecer nas trevas do pecado, mas sim, no caminho da justiça e no reconhecimento das próprias faltas.
E é por isso que Jesus nos adverte no Evangelho que devemos ter condutas favoráveis que nos levem a viver a justiça, e não qualquer justiça, mas uma justiça integra e são que reflita em nós a necessidade diária de reconciliação com Deus e com os irmãos. (Cf. Mateus 5, 20-26).
Temos que ter claro nas nossas mentes e corações que seremos julgados conforme aquilo que fizermos nesta vida. Por isso, que ao oferecer a nossa vida e tudo aquilo que somos no altar de Deus, precisamos antes, compreender o amor e nos reconciliar conosco, com Deus e com os nossos irmãos.
Assim, colocamos não só a nossa vida no altar, mas o desejo de viver a Vida de Deus e a sua Misericórdia, e também a vida daqueles, que podem ter sido feridos pela nossa conduta. Dessa maneira, por meio da reconciliação e reconhecimento de que somos falhos, chegaremos ao céu, e seremos dignos de oferecer a nossa vida no Altar de Deus, para que se manifeste em nós o seu amor, e assim estarmos prontos para continuar seguindo no caminho de justiça.
Lembremos sempre das palavras de João que nos diz que só é possível amar a Deus se amarmos também os nossos irmãos, pois só quem ama chega ao conhecimento de Deus. (Cf. I João 4, 7-21). É o Amor que nos leva ao perdão, é o Amor que nos traz a consumação da Salvação!.


Texto escrito para a Celebração da  Sexta Feira da 1ª. Semana da Quaresma (02/03/07)
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Com. N. Sra. Aparecida.

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