Para explicar o "mistério cristão", o desconhecido autor escreve, a um destinatário chamado Diogneto: "Os cristãos nem por razão, nem por linguagem, nem por costumes se distinguem dos outros homens. De fato, não habitam cidades próprias, nem usam um jargão que se diferencia, nem conduzem um gênero de vida especial. A sua doutrina não está na descoberta do pensamento de homens vários, nem eles aderem a uma corrente filosófica humana, como fazem os outros. Vivendo em cidades gregas e bárbaras, como correspondeu a cada um, e seguindo os costumes do lugar no vestido, na comida e no resto, testemunham um método de vida social admirável e sem dúvida paradoxal".
E ainda: "Casam-se como todos e geram filhos, mas não jogam fora os bebês. Colocam em comum a mesa, mas não a cama. Estão na carne, mas não vivem segundo a carne. Habitam na terra, mas tem a sua cidadania no céu. Obedecem às leis estabelecidas, e com a sua vida superam as leis. Amam a todos, e por todos são perseguidos. Não são conhecidos, e são condenados. São mortos, e retornam a vida. São pobres, e fazem a muitos ricos; Não têm nada, e abandonam tudo. São desprezados, e nos desprezos têm glória. São ultrajados e proclamados justos. São injuriados e abençoam; são maltratados e honram. Fazendo o bem são punidos como malfeitores; condenados se alegram como se recebessem a vida..."
Esta são verdades que mostram a admiração que os cristãos geravam entre os pagãos do tempo, mas também conceitos que são de grandíssima relevância, especialmente no contexto de um projeto de uma "Nova Evangelização".
Nenhum comentário:
Postar um comentário