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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quantas vezes...

QUANTAS VEZES... 
... nós pensamos em desistir, deixar de lado, os ideais e os sonhos. 
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça. 
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir. 
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas. 
Quantas vezes falamos sem sermos notados. 
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida. 
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota. 
Quanta vezes aquela lágrima teima em cair, justamente na hora em que precisamos parecer fortes. 
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz. 
E a resposta vem seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor. 
E a gente insiste. 
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser. 
E Deus insiste em nos abençoar, em nos mostrar o caminho: 
aquele mais difícil, mais complicado, mais bonito. 
E a gente insiste em seguir, porque tem uma missão... 
QUE O REINO DE DEUS ACONTEÇA!

(Desconheço o autor)

Os Dez Mandamentos da Qualidade


01- Ao acordar, não permita que algo que saiu errado no dia anterior atrapalhe seu dia. No máximo, comente seus planos no sentido de tornar seu trabalho cada mais produtivo. Pensar positivo é qualidade.

02- Ao entrar no prédio de seu trabalho, cumprimente a todos. Ser educado é qualidade.

03- Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal, disponibilizar os recursos ao redor. Ser organizado é qualidade.

04- Não deixe envolver pela primeira informação de erro recebida. Junte mais dados que lhe permitam obter um parecer correto sobre o assunto. Ser prevenido é qualidade.

05- Quando for abordado por alguém, dê atenção que essa pessoa necessita. Ser atencioso é qualidade.

06- Não deixe de fazer as refeições nos horários corretos. Respeitar a saúde é qualidade.

07- Dentro do possível, tente se agendar. Não fique trocando datas a todo momento, principalmente a minutos do evento. Cumprir o combinado é qualidade.

08- Ao comparecer a estes eventos procure mostrar suas ideias às pessoas certas. Se elas não forem muito bem aceitas, saiba esperar por uma nova oportunidade. Ter paciência é qualidade.

09- Não prometa o que está além do seu alcance só para impressionar quem lhe ouve. Falar a verdade é qualidade.

10- Na saída do trabalho, esqueça-o. Pense como vai ser bom chegar em casa e rever a família ou os amigos que lhe dão segurança para desenvolver suas tarefas com equilíbrio. Amar a família e os amigos é a maior das qualidades.

(Cláudio Freitas)

O estranho

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. 
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares:
Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas o estranho era nosso narrador.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha 
para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. 
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar. 
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. 
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio. 
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?
Nós o chamamos Televisor...
Agora ele tem uma esposa que se chama Computador e um filho que se chama Celular! Outro dia nasceu mais um: o Tablet... 

(Desconheço o autor)